“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14010

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Instituto de Ciências Agrárias - Campus Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor José Hiago Castro Silva
Orientador LESSANDO MOREIRA GONTIJO
Outros membros Carolina Faria de Melo Machado
Título Avaliando a plasticidade cerebral de insetos predadores em resposta a complexidade do ambiente
Resumo Possivelmente a falta de seleção natural atuando sobre os inimigos naturais criados em laboratório, somada às divergências entre as dietas artificias empregadas nas criações e os recursos disponíveis no campo (presas e hospedeiros) pode alterar o comportamento dos inimigos naturais (PANIZZI et al, 2009). Aspectos relacionados ao forrageamento envolvem a superação da grande complexidade ambiental (semioquímicos e heterogeniedade vegetal) inerente à natureza. Para tanto, os insetos são dotados de órgãos que auxiliam na sua movimentação e na localização dos recursos desejados. Mas existem poucas evidências da existência de aprendizagem cognitiva auxiliando no processo de obtenção dos recursos.
Poderia os insetos aprenderem com a complexidade na qual estão inseridos?
No início do desenvolvimento de um organismo (incluindo humanos) a plasticidade cerebral é elevada, ou seja, o indivíduo possui alta capacidade de aprendizado, sendo capaz de perpetuar este conhecimento por toda sua vida adulta (BOYLE, 2015). Desta forma, este projeto propôs investigar se a complexidade do ambiente poderia afetar a plasticidade cerebral de larvas de joaninha Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae). Objetivo deste trabalho foi avaliar se a exposição de larvas (1° e 3° instar) de joaninhas Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae) a ambientes simples e complexos altera o comportamento (forrageamento) de adultos devido a plasticidade cerebral destes organismos em suas fases jovens.
Após a eclosão dos ovos, as joaninhas eram separadas em três grupos e cada grupo foi colocado em gaiolas de plásticos, 10 cm x 12 cm x 11 cm, onde foram expostos aos três tratamentos: (i) em ambiente simplificado, (ii) ambiente complexo, e (iii) mantido até o 3° instar em ambiente simplificado, e posteriormente transferidos para um ambiente complexo. Foram 12, 14 e 15 repetições para os respectivos tratamentos listados acima.
Para simulação do ambiente simplificado as gaiolas não tiveram modificações. Alimentação ad libitum com dieta artificial ovos de Anagasta kuehniella, pulgões e água. Já para o ambiente complexo houve a presença de plantas de couve infestadas com pulgões, ovos de Anagasta kuehniella, água, galhos secos e serragem no fundo das gaiolas.
As joaninhas eram acompanhadas até a fase adulta, quando eram submetidos a um experimento de predação. Para tanto, elas eram individualmente colocadas em gaiolas contendo uma planta de couve com 40 pulgões. Vinte e quatro horas depois eram feitas a contagem dos pulgões para determinar a capacidade de predação. Nossos resultados demonstram que os indivíduos expostos à um ambiente complexo tivera um melhor desempenho no experimento de predação, consumindo cerca de 22% a mais de pulgões quando comparado com os indivíduos do ambiente simplificado. Os resultados obtidos pode ser um passo importante para elucidar o papel da complexidade ambiental no comportamento de predadores e na melhora da qualidade da criação massal de insetos.
Palavras-chave controle biológico, joaninhas, plasticidade cerebral
Forma de apresentação..... Painel
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