“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13990

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Emily de Souza Ferreira
Orientador ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Outros membros Beatriz Oliveira Silva, Daniel Souza Santos, Maria Paula Barbosa Santana, Paulyenny Machado Alves
Título Análise de sobrevida e preditores de mortalidade de pacientes submetidos à hemodiálise: uma coorte retrospectiva
Resumo Introdução: a Doença Renal Terminal é cada vez mais objeto de estudo e reconhecida como um grave fator de risco para a mortalidade, sendo considerara um inquestionável problema de saúde pública. O censo 2018 revelou que o Brasil conta com 162.583 indivíduos em tratamento dialítico, sendo que 70% destes descobriram a doença tardiamente. Dentre as Terapias Renais Substitutivas, a Hemodiálise HD é a modalidade de tratamento mais utilizada em todo o mundo, entretanto, apesar dos seus avanços, a sobrevida dos pacientes submetidos a ela ainda é baixa, sobretudo no primeiro ano de tratamento. Objetivo: analisar o tempo de sobrevida e os fatores que predizem a mortalidade de pacientes submetidos à hemodiálise. Metodologia: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo dinâmico, que avaliou os dados de 422 pacientes em HD, durante 20 anos (1998 a 2018). Os dados foram extraídos dos prontuários médicos e do sistema computadorizado do Serviço de Nefrologia de Viçosa, MG, Brasil, onde o estudo foi realizado. Realizamos a análise de Kaplan-Meier com o teste de Log-Rank para calcular a taxa de sobrevida cumulada e extrair fatores que a impactaram. Posteriormente, utilizamos o modelo de riscos proporcionais de Cox para encontrar as variáveis com efeito significativo na sobrevida dos pacientes. O intervalo de confiança (IC) adotado foi de 95% e um p<0,05 foi utilizado para significância estatística. O evento principal que pretendíamos analisar, era o óbito. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres Humanos sob o parecer de número 2.459.555. Resultados: dos 422 pacientes analisados, a idade média no início do tratamento foi de 64,02 anos, sendo que 132 (31,3%) iniciaram a hemodiálise antes dos 60 anos e 223 (52,7%) eram homens. O tempo médio de sobrevida foi de 6,79 ± 0,37 anos (média ± desvio padrão). A taxa geral de sobrevida em 1 ano para os pacientes em HD foi de 82,3%. Os resultados dos modelos ajustados por Cox mostraram que a contagem de leucócitos (HR= 2,665, p = 0,003), ferro sérico (HR= 8,396, p = 0,003), cálcio sérico (HR= 4,102, p = 0,013) e proteína sérica (HR= 4,630, p = 0,001) foram fatores de risco para o óbito, enquanto a pielonefrite obstrutiva crônica (HR= 0,085, p = 0,026), a ferritina (HR= 0,392 p = 0,010), fósforo sérico (HR= 0,290, p = 0,001) e albumina sérica (HR= 0,230, p = 0,001) foram fatores de proteção para o óbito. Conclusão: nosso estudo mostrou que os parâmetros clínicos na condição basal (primeiro mês de admissão em HD), são preditores de mortalidade precoce. A avaliação inicial, monitoramento e supervisão desses parâmetros quando o indivíduo inicia a terapia renal substitutiva, é crucial para a manutenção da sua sobrevida ao longo do tempo e auxilia nas correções necessárias das complicações multifatoriais e concomitantes que os pacientes apresentam durante o tratamento.
Palavras-chave Doença renal terminal, Terapia Renal Substitutiva, Hemodiálise
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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