Resumo |
Para que um produto possa ser considerado ambientalmente correto, ele deve possuir seu desempenho ambiental e social melhorado desde a extração de sua matéria prima até seu descarte. Baseado nesse contexto, é necessário discutir sobre o uso do vidro desde seu berço, extração dos componentes necessários para sua formação até sua fabricação. Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas categorias de impacto de um material do setor de construção da engenharia civil, o vido, desde sua extração até sua fabricação. Para isto, foram realizados estudos em fontes bibliográficas, tais como trabalhos de conclusão de curso e artigos acadêmicos, encontrando informações sobre o consumo de água, emissões de gases de efeito estufa (GEE) e energia embutida, agregando veracidade ao trabalho apresentado. Como resultado das pesquisas, a água não pode ser considerada uma matéria prima importante do vidro, pois seu consumo é considerado relativamente baixo, chegando a aproximadamente 600L para de produzir 1 toneladas de vidro. Com relação a energia embutida no processo do ciclo de vida do vidro, constatou-se o valor de 20,8 MJ/kg, sendo 75% dessa energia consumida apenas durante o processo de fusão da matéria prima. A fase de fusão é onde ocorre a maior taxa das emissões de poluentes, cerca de 85%, tais emissões são oriundas dos fornos devido a calcinação dos materiais, à queima de combustíveis fósseis e ao consumo de energia elétrica. O indicador de dióxido de carbono da indústria de vidro brasileira chega a 0,65 ton CO2/t de vidro plano embalado, contribuindo com apenas 0,51% das emissões se comparado a outros processos industriais. De acordo com o apresentado, pode-se concluir que o vidro pode ser considerado um material de baixo impacto ambiental comparado com outras matérias, por exemplo, o alumínio, por ter pouco gasto de água e um baixo nível de emissões de GEE, sendo que os níveis mais altos citados na pesquisa são oriundos do forno de fusão, que causa maior impacto no processo de produção. |