“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13976

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Juliana Seneme Gomes
Orientador LUKIYA SILVA CAMPOS FAVARATO
Outros membros Bianca Amorim Gomide, Igor Martins Strelow, Maria de Fátima Cotta da Silva, Rebecca Anne Arrant
Título uso de anestesia epidural como técnica única para amputação de membro pélvico em cadela com sepse e inanição severa
Resumo A anestesia epidural lombossacra é uma técnica consagrada na Medicina Veterinária para realização de procedimentos cirúrgicos caudais à cicatriz umbilical. Embora de simples execução, não é isenta de riscos e possui contraindicações para pacientes com hipotensão, hemorragia, coagulopatias e sepse. Objetiva-se relatar o atendimento de uma cadela adulta, SRD, apresentando redução da consciência, caquexia, desidratação, hipotermia e mutilação do membro pélvico esquerdo com exposição e necrose do fêmur e músculos. Nos exames laboratoriais foram identificados anemia grave, leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda (18%) e importante hipoproteinemia. Em função do quadro de sepse e das demais alterações apresentadas, a paciente foi classificada como ASA V, conforme a Sociedade Americana de Anestesiologia. A gravidade das alterações exigiu que o procedimento de amputação do membro fosse realizado no mesmo dia. Mesmo ciente das contra indicações para a técnica epidural, considerou-se que a depressão cardiovascular promovida pelos anestésicos gerais seria mais deletéria que os efeitos sistêmicos da técnica locorregional. Deste modo optou-se pela realização da anestesia epidural como técnica única. Assim, para garantir analgesia eficaz durante o procedimento, utilizou-se a técnica epidural lombossacra com lidocaína 2% (0,1 ml/kg), ropivacaína 0,75% (0,1 ml/kg) e morfina 1% (0,01 ml/kg). A condição da paciente também permitiu a realização da anestesia sem a necessidade de sedação, sendo mantida apenas a suplementação de oxigênio via máscara facial. Foi mantida monitoração multiparamétrica onde verificou-se estabilidade dos parâmetros cardiovasculares e respiratórios durante o procedimento, que ocorreu sem intercorrências. A analgesia epidural se manteve por 24 horas após a amputação, quando foi iniciado tratamento com tramadol (4 mg/kg VO). Após 24 horas de tratamento intensivo, a paciente foi encaminhada para tratamento em leito clínico e se recuperou completamente. O uso da anestesia epidural lombossacra com lidocaína, ropivacaína e morfina se mostrou eficiente, seguro e promoveu analgesia trans e pós operatória, com estabilidade cardiovascular em paciente com sepse, demonstrando ser uma alternativa quando o risco do uso de anestésicos gerais se sobrepõe.
Palavras-chave epidural, risco anestésico, protocolo anestésico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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