Resumo |
Introdução: A COVID-19 foi decretada como pandemia, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 11 de março de 2020. Entretanto, mesmo antes dessa declaração já eram conhecidas as dificuldades para o diagnóstico da doença, visto que é causada por um novo vírus, pertencente à família Coronaviridae, o SARS-CoV-2. Com a a evolução dos estudos e o melhor conhecimento desse agente etiológico, métodos diagnósticos foram desenvolvidos para detectar sua presença no organismo humano. Hoje, sabe-se que muitas das dificuldades de abordagem dessa pandemia se devem à testagem insuficiente das pessoas, o que mais uma vez leva a importância desses métodos diagnósticos e de seu domínio, principalmente pelos profissionais de saúde. Objetivo: Realizar uma revisão de bibliografia, com intuito de avaliar os possíveis métodos diagnósticos para a doença COVID-19. Metodologia: Foi realizada a busca de artigos, na base de dados Medline, que elucidavam tanto informações sobre o novo SARS-CoV-2, suas características já conhecidas, quanto sobre os métodos diagnósticos possíveis de serem utilizados na COVID-19, além de suas limitações. Com esse material, foi realizado um compilado dos métodos e como são passíveis de serem usados no contexto atual da pandemia. Resultados: Foram descritas as análises que podem detectar desde imunoglobulinas contra antígenos do SARS-CoV-2, que são os testes sorológicos – imunocromatografia, imunoensaio quimioluminescente (CLIA) e teste imunoenzimático (ELISA), além das análises moleculares que identificam o RNA do vírus, representado pelo RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase). A sensibilidade dos exames depende da amostra biológica e do período da coleta, pois os níveis dos anticorpos no sangue só são detectáveis a partir de 7-10 dias após a infecção. A interpretação dos exames também merece cuidados, uma vez que o padrão de liberação dos anticorpos IgG e IgM para o SARS-CoV-2 ainda não está totalmente esclarecido pela literatura. Conclusões: O método utilizado como padrão ouro para o diagnóstico laboratorial da COVID-19 é o RT-PCR, mas com maior complexidade técnica para realização e com maior custo, sendo mais restrita sua utilização. Trata-se de um método extremamente específico para o SARS-CoV-2, mas cuja sensibilidade depende da amostra biológica utilizada e do tempo de infecção. A carga viral só pode ser detectada por esse método até o 12-14º dia do início dos sintomas, no entanto, já foram descritos casos de detecção prolongada, principalmente em pacientes que apresentaram os sintomas mais graves. |