“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13939

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Bioquímica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Rio Paranaíba
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Camila Ohanna de Souza Queiroz
Orientador LILIANE EVANGELISTA VISOTTO
Outros membros EVERALDO ANTONIO LOPES, Mariana Rocha Roswell, Renata Costa Ribeiro Silva
Título METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS NO CONTROLE DE Colletotrichum gloeosporioides E Botrytis cinerea
Resumo O Brasil é um dos países que lidera o ranking de uso de pesticidas, tendo cerca de 500 princípios ativos liberados para a agricultura até o momento. A busca por alternativas mais sustentáveis de controle tem sido alvo de muitas pesquisas. Nesse sentido, inúmeros estudos envolvendo metabólitos secundários produzidos por endofíticos tem se mostrado uma boa estratégia para o manejo integrado de pragas. Os fungos endofíticos geralmente são encontrados no interior das plantas, e uma de suas vantagens é a proteção contra a herbivoria e doenças, através da produção de metabólitos secundários. Com isso o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial dos fungos endofíticos no controle dos fitopatógenos Colletotrichum gloeosporioides e Botrytis cinerea, agentes causais de doenças impactantes para o agronegócio. Os fungos endofíticos foram isolados de Aldama robusta (Asteraceae), planta endêmica do Cerrado e identificados através de análises moleculares e características macro e microscópicas. Os fitopatógenos foram isolados de frutos maduros de mamão e morango, com sintomas da doença, adquiridos no mercado local. O potencial antimicrobiano dos endofíticos foi analisado através de bioensaios de antagonismo e de inibição do crescimento micelial pela exposição de C. gloesporioides e B. cinerea aos metabólitos secundários voláteis e difusíveis in vitro. Um total de nove endofíticos foram isolados, sendo oito identificados a nível de gênero/espécie como Chlorencoelia sp. (E2), Stagonosporopsis cucurbitacearum (E5), Colletotrichum boninense (E6), Paecilomyces sp. (E9), Colletotrichum sp. (E11), Diaporthe phaseolorum (E12), Xylaria berteri (E14), Diaporte pseudoinconspicua (E16). Somente o endofítico E3 a identificação só foi possível a nível de ordem, Pleosporales. No bioensaio de antagonismo, o endofítico Colletotrichum sp. (E11) apresentou maior crescimento micelial e inibiu o desenvolvimento de C. gloesporioides. No entanto, nenhum endofítico inibiu o crescimento do B. cinerea. Em relação aos compostos orgânicos voláteis, S. cucurbitacearum, Paecilomyces sp. e D. phaseolorum inibiram significativamente B. cinerea e apenas o endofítico Colletotrichum sp. apresentou atividade inibitória sobre ambos fitopatógenos. Resultados das análises com metabólitos difusíveis dos endofíticos mostraram que apenas o Colletotrichum sp. foi efetivo na inibição dos fungos fitopatogênicos e em todas as concentrações testadas (100, 500 e 1000 ppm). Enquanto os metabólitos dos fungos S. cucurbitacearum (100 e 500 ppm) e Paecilomyces sp. (500 e 1000 ppm), inibiram significativamente somente B. cinerea. Conclui-se que o endofítico Colletotrichum sp. foi o mais eficiente no controle dos fitopatógenos analisados. Além disso, S. cucurbitacearum e Paecilomyces sp., por reduzirem o desenvolvimento de B. cinerea, podem também ser explorados no manejo deste fungo.
Palavras-chave Fitossanidade, metabólitos secundários, MIP
Forma de apresentação..... Painel
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