“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13930

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Orgânica
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Guilherme de Oliveira Ferraz
Orientador MARCELO HENRIQUE DOS SANTOS
Outros membros ANTONIO JACINTO DEMUNER, Bianca Lana de Sousa, Dayana Alves Rodrigues, Liseth Suárez Osorio
Título Síntese e avaliação biológica de triazóis derivados a partir da guttiferona-A isolada de Garcinia gardneriana (bacupari)
Resumo Garcinia gardneriana (Rheedia gardneriana), popularmente conhecida como bacupari, é uma árvore nativa do Brasil que possui a capacidade de sintetizar diversos metabólitos secundários. Dentre eles, destacam-se compostos fenólicos, xantonas, biflavonóides e benzofenonas, incluindo a guttiferona-A, que exibem diversas propriedades biológicas, como atividades anticâncer, anticolinesterásica, antibacteriana, leishmanicida, tripanocida, entre outras. No presente trabalho, a guttiferona-A (G-A) foi isolada das sementes de G. gardneriana por cromatografia em coluna e identificada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE-UV-vis). A partir da estratégia de hibridização molecular entre a guttiferona-A e o núcleo 1,2,3-tri azólico via reação “click”, foram sintetizados quatro derivados triazólicos inéditos, com rendimentos variando de 71 a 85%. Todos os compostos foram identificados através de técnicas espectroscópicas e espectrométricas (Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C). Os compostos sintetizados e a guttiferona-A foram avaliados quanto à atividade citotóxica a 40 μM em relação a três linhagens celulares tumorais: câncer de pulmão de células não pequenas (A549), carcinoma de mama estrogênio-positivo (MCF-7) e carcinoma hepatocelular (HepG2). Todas as linhagens celulares exibiram alta resistência à maioria dos compostos testados. No entanto, os tratamentos com guttiferona-A e o derivado 14-O-(1-(4-bromobenzil)-1H-1,2,3-triazol-4-il)metilguttiferona-A (6) exibiram efeitos citotóxicos contra todas as linhagens testadas. A viabilidade celular de A549 foi reduzida em aproximadamente 90% e 80% quando tratadas com G-A e 6, respectivamente. Já as culturas de HepG2 foram mais resistentes, sendo observadas reduções de 80% e 65% da viabilidade dessas células por gutifferona-A e composto 6, respectivamente. Os ensaios mostraram que a viabilidade celular nas culturas de MCF-7 tratadas com G-A e 6 apresentou redução entre 40% e 55%, indicando efeitos menores sobre essas células em relação às demais. Assim, o derivado triazólico 6 apresentou maior atividade citotóxica, embora ainda moderada, dentre as substâncias testadas contra a linhagem MCF-7. Para as demais linhagens celulares, o precursor foi mais ativo, sendo os efeitos mais promissores encontrados contra A549. Em conclusão, esses resultados indicam que a guttiferona-A e seu derivado 14-O-(1-(4-bromobenzil)-1H-1,2,3-triazol-4-il)metilguttiferona-A podem ser considerados como protótipos promissores para a obtenção de novos compostos citotóxicos com a finalidade de melhorar as propostas terapêuticas.
Palavras-chave Benzofenona, triazóis, câncer
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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