Resumo |
As bactérias do gênero Azospirillum são capazes de se associar a várias culturas, promovendo tolerância a estresses abióticos, melhorias na nutrição, crescimento e morfogênese, que em conjunto, proporcionam acréscimos de produtividade. Nesse sentido, objetivou-se avaliar o sistema radicular do milho inoculado com diferentes estirpes de Azospirillum brasilense e submetido a dois níveis de N e duas condições hídricas. Para isso, foram testados (aplicados em cova) os inoculantes Az1, Az2, Az3, Az4 (mistura do inoculante Az1 com Az2), além de um tratamento sem inoculação, submetido aos níveis 1 (N1 - 156 kg/ha) e 2 (N2 - 312 kg/ha) de N aplicados em cobertura e a duas disponibilidades hídricas (irrigado e com restrição hídrica – suspensão da irrigação por 14 dias a partir de V5). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 20 tratamentos dispostos em esquema fatorial 5x2x2 e quatro repetições. Aos 19 dias após emergência das plantas (DAE) foi imposto o deficit hídrico. E aos 34 DAE do milho em vasos de 10 L, foram feitas avaliações de matéria seca, volume, área, comprimento e diâmetro médio das raízes. Para todas as avaliações realizadas não houve efeito significativo (p>0,05) dos inoculantes. O nível N1 influenciou positivamente a matéria seca, comprimento, área, diâmetro médio e volume de raiz independentemente dos outros fatores. Maior comprimento e área de raiz foi observado nas plantas sob deficit em relação ao tratamento irrigado, independentemente do nível de N. O emprego de Azospirillum brasilense é uma tecnologia benéfica e promissora para a agricultura sustentável, devido à sua acessibilidade, baixo custo e, principalmente, por permitir um cultivo rentável, com enfoque ecológico para o uso responsável dos recursos naturais. Os resultados de A. brasilense podem ser bastante dinâmicos. Em razão disso, novas pesquisas devem ser realizadas para melhor compreensão do comportamento dessas bactérias visto que vários fatores contribuem para a sua resposta. |