“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13909

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Thais da Silva Alves
Orientador MARIELLA BONTEMPO DUCA DE FREITAS
Outros membros JENER ALEXANDRE SAMPAIO ZUANON, Kemilli Pio Gregório, Renata Maria Pereira de Freitas, Stella Bicalho Silva
Título ATIVIDADE ANTIOXIDANTE ENZIMÁTICA EM BRÂNQUIAS DE LAMBARIS-DO-RABO-AMARELO JUVENIS (Astyanax altiparanae) APÓS EXPOSIÇÃO CRÔNICA À DOSES AMBIENTALMENTE RELEVANTES DO HERBICIDA ATRAZINA.
Resumo A Atrazina (ATZ) é um herbicida triazínico cujo consumo anual mundial é de aproximadamente 70.000 a 90.000 toneladas, sendo assim um dos mais consumidos no mundo. Devido à persistência em sistemas aquáticos e à capacidade de danos em células e tecidos, esse herbicida foi banido em alguns países da União Europeia. Apesar da proibição e regulamentação, a ATZ é frequentemente detectada em ambiente aquático em concentrações acima das permitidas. A contaminação desses ambientes pode prejudicar organismos não-alvo como peixes. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as defesas antioxidantes das brânquias de juvenis do peixe Neotropical lambari-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae) expostos a concentrações ambientalmente relevantes de Atrazina (0, 0.5, 1, 2 e 10 µg/L) por 35 dias, a fim de avaliar a reação à exposição crônica. Os peixes foram pesados e alocados aleatoriamente em aquários de 60 litros (n=30/aquário) com aeração e temperatura controladas, em regime semi-estático e distribuídos em 5 tratamentos (4 replicatas/tratamento). Ao final do experimento, os animais foram eutanasiados com metanosulfonato de tricaína (MS-222). As brânquias foram retiradas por meio de incisão opercular, homogeneizadas, centrifugadas e o sobrenadante resultante foi utilizado para a determinação da atividade das enzimas antioxidantes Superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa S-transferase (GST). Os dados foram submetidos à análise de variância unifatorial (ANOVA) seguida do teste Tukey para comparações múltiplas. Como resultado, houve aumento da atividade de CAT no grupo exposto à 10 µg/L de Atrazina, em relação ao controle. Também se observou um aumento da atividade de GST em todos os grupos expostos à ATZ quando comparados ao controle. CAT e GST são enzimas importantes no combate às espécies reativas de oxigênio (ROS) induzido por xenobióticos. Visto que GST é uma enzima com capacidade de conjugar compostos potencialmente reativos à glutationa (GSH), para fins de desintoxicação, seu aumento indica que a via desintoxicante nas brânquias está possivelmente ativa realizando conjugação dos metabólitos de ATZ à GSH. A CAT é uma enzima capaz de catalisar a degradação do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. Esse processo é essencial pois essa espécie reativa pode se difundir facilmente através das membranas celulares, onde há metais de transição disponíveis, culminando na geração do radical OH•, o radical livre mais propício à produção de danos oxidativos, contra o qual não há sistema enzimático de defesa. O aumento da atividade CAT sugere a ativação de uma enzima específica para eliminar as ROS induzidas por ATZ. Outros estudos são necessários para entender os efeitos da Atrazina no estresse oxidativo celular das brânquias nesta espécie.
Palavras-chave Pesticidas, toxicologia, atividade antioxidante
Forma de apresentação..... Painel
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