Resumo |
A construção do conhecimento no cenário da docência no ensino superior é ampla e a instrumentalização do ensino pode se tornar uma aliada fundamental. Erno Rubik, um jovem professor de arquitetura, propôs dentro de sala de aula em 1974, o estudo de conceitos tridimensionais, visão espacial e noções estéticas, utilizando como ferramenta pedagógica a sua nova invenção, o cubo mágico. O professor de arquitetura desenvolveu uma espécie de quebra cabeça de formato cúbico formado também por peças cúbicas menores com cores distintas em suas faces visíveis. Tais peças podiam ser manipuladas e o objetivo era organizar as faces em cores únicas do cubo maior. O estudo desenvolve por meio de fontes primárias e resoluções qualitativas os possíveis benefícios do uso do cubo mágico dentro do contexto da sala de aula para o desenvolvimento do pensar engenheiro. O cubo de Rubik é um objeto que trabalha constantemente com raciocínio lógico e possui conceitos matemáticos que são estudados e eventualmente trabalhados como metodologia ativa. Porém, o cubo também pode ser trabalhado no cenário acadêmico inicial do engenheiro quando o objeto é apresentado de forma didática. Pode-se fazer relações análogas à resolução do cubo em grupos com práticas profissionais futuras de um engenheiro, sendo que tanto a resolução do cubo quanto o desenvolvimento de projetos de engenharia são usualmente vistos como ações difíceis ou até impossíveis. Quando os comandos e sequências da resolução do cubo são aprendidas, o funcionamento dele é desmistificado e a autoconfiança do aluno é eventualmente desenvolvida com a sua resolução. Com o desenvolvimento prático compartilhado, os alunos que se destacarem na resolução do cubo devem ser responsabilizados por fazerem o papel de líder e devem auxiliar para que todos do grupo aprendam, desenvolvendo assim, o trabalho em grupo e propiciando a formação de líderes. A proposta seria então, apresentar em sala de aula, com embasamento teórico, os conceitos básicos do cubo, seus elementos, mecanismos e também a resolução do problema que ele propõe, a fim de estimular o domínio da resolução. Por fim, deve-se propor como trabalho acadêmico em grupo, com a finalidade de apresentação em eventos acadêmicos que visam a resolução do cubo em menor tempo. |