“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13883

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Rhanna Maria de Oliveira Ellena
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros Ana Paula Prueza de Almeida Luna Alves, FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Hellen Magela Barreto, Thamara Lourdes Silva Maciel
Título Tumor venéreo transmissível em sítio cirúrgico de ovariohisterectomia eletiva em cadela – Relato de caso
Resumo O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia de células redondas, de origem mesenquimal maligna, que acomete principalmente os órgãos genitais de cães. Porém, pode ser encontrada em regiões extragenitais, como a mucosa oral, a mucosa nasal e membros. O TVT representa 20% das neoplasias encontradas nos cães do Brasil. Um estudo com mais de 200 cães acometidos por esse tipo de neoplasia revelou que 23% dos cães apresentavam lesões exclusivamente extragenitais. A transmissão ocorre através da implantação das células neoplásicas por contato, mais comumente durante o coito ou, através de farejamento, lambedura. Objetiva-se relatar o caso de um paciente canino, sem raça definida, fêmea, de 10 anos, atendida no Hospital Veterinário da UFV, com queixa de aumento de volume em cicatriz de ovariohisterectomia eletiva, realizada há seis meses. O tutor relatou que nunca ocorreu a cicatrização da ferida cirúrgica, e observou o surgimento e o desenvolvimento de uma massa tumoral algumas semanas após o procedimento cirúrgico, a qual teve um crescimento progressivo. Ao exame clínico observou-se tumor de 6x8cm, localizado no flanco esquerdo, de superfície irregular, firme, com coloração avermelhada e ulcerada. No exame ultrassonográfico abdominal verificou-se que a neoplasia não tinha comunicação com o abdômen e, não apresentava metástases visíveis. Foi realizado exame citológico por meio de aspiração por agulha fina, onde foi detectado TVT pela identificação de células com núcleos grandes e centralizados, com cromatina agregada e nucléolos excêntricos e, citoplasma granular, abundante e com vacúolos. A paciente não apresentava indícios da neoplasia em outros tecidos ou órgãos portanto, foi encaminhada para realização de quimioterapia, com sulfato de vincristina. A dose de escolha foi de 0,75 mg/m², a cada sete dias, até a regressão completa do tumor. Após o encaminhamento da paciente não houve retorno, portanto não foi possível avaliar a resposta do tratamento. Algumas possibilidades da transmissão da doença podem ser: contaminação dos instrumentais cirúrgicos ou contato direto no pós operatório da paciente com algum cão portador da neoplasia. Não sendo possível determinar o momento e o acontecimento exato. A quimioterapia pode apresentar efeitos colaterais, mas deve ser preconizada como tratamento, devido aos ótimos resultados. Tanto nos casos de TVT genital, como nos casos de TVT cutâneo, há outras possibilidades de tratamento adjuvantes além da quimioterapia. Como, a excisão cirúrgica, a radioterapia e a crioterapia. Esse tipo de neoplasia pode ser evitada, limitando o acesso dos cães à rua desacompanhados de seus tutores e com a esterilização dos mesmos.
Palavras-chave neoplasia, cão, extragenital
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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