“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13864

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Inorgânica
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thaiz Cristina Soares dos Santos
Orientador JULIANA CRISTINA TRISTAO
Outros membros Matheus Henrique Pimentel Araújo
Título Rejeito de mineração rico em ferro da Samarco: Tratamentos térmicos, caracterizações e uso como adsorvente de fosfato.
Resumo O Brasil é um dos maiores produtores de minério de ferro do mundo. O minério itabirito extraído nas minas brasileiras precisa de beneficiamento, que tem como consequência a produção dos rejeitos de mineração. A contenção em barragens é a principal forma de armazenamento do rejeito gerado necessitando de manutenção constante. Nos últimos anos o Brasil acompanhou dois grandes rompimentos de barragens ocorridos em Minas Gerais que levaram a morte da biodiversidade aquática e terrestre, desalojamento de pessoas e interrupção do fornecimento de água e energia na região atingida. Desde então, pesquisas vêm sendo desenvolvidas na intenção de minimizar os impactos gerados e propor novas utilidades para o rejeito. Neste trabalho, o rejeito de mineração proveniente da Samarco oriundo do processo de beneficiamento do minério de ferro Pellet-feed foi tratado termicamente, caracterizado e testado como adsorvente de fosfato. Inicialmente, o rejeito foi submetido à secagem na estufa a 90°C e macerado. Cerca de 3g desta amostra foi tratada a 300, 700 e 900 °C/1h a 5 °C/min em forno tubular horizontal Sanchis 1200, obtendo quatro amostras representativas. Os materiais produzidos foram caracterizados por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Difração de Raio X (DRX), Espectroscopia Mösbauer, Espectroscopia de energia dispersiva (EDS), Espectroscopia na região do infravermelho (IV) e Área Superficial BET. Imagens MEV mostram uma morfologia complexa, com partículas de tamanhos variados em todas as amostras. O espectro obtido por EDS e o mapeamento químico mostram a presença dos elementos Si, O, Fe e Al. Os difratogramas de raios X mostram a presença das fases goethita (α-FeOOH) apenas para o rejeito antes de ser calcinado. As fases sílica e hematita estão presentes em todas as amostras, não sendo possível identificar fases de alumina indicando que o material possivelmente se encontra na sua fase amorfa. Através da espectroscopia Mössbauer foi possível perceber a predominância de três fases de ferro (α-FeOOH), hematita (α-Fe2O3), e magnetita (ɤ- Fe2O3), além de ferro disperso em todos os tratamentos térmicos estudados. Foram obtidos valores de área superficial para o rejeito antes e após tratamento térmico sendo os valores obtidos iguais a R = 13 m^2/g, R700 =16 m^2/g e R900 = 10 m^2/g. Estes materiais foram testados como adsorventes de fosfato, obtendo-se resultados estatisticamente similares R (4mg/g) e para os diferentes tratamentos térmicos R300 (5mg/g), R700 (8mg/g) e R900 (4mg/g). A partir dos referenciais bibliográficos já estudados a intenção é promover a combinação do rejeito com outros metais como o Cálcio para promover uma melhor eficiência na adsorção.
Palavras-chave Rejeito, Caracterização, Adsorção
Forma de apresentação..... Vídeo
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