“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13857

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Adriana Ribeiro Damacena
Orientador LUZIMAR CAMPOS DA SILVA
Outros membros Alice Pita Barbosa, Bruna de Souza Vieira, Thamires Fernanda Gomes
Título A poluição por flúor afeta a morfoanatomia de Bixa orellana L. (Bixaceae)?
Resumo O flúor (F) é um poluente atmosférico emitido na forma de fluoreto de hidrogênio (HF) para a atmosfera, por ação antrópica como em fábricas de produção de alumínio. Este elemento é altamente fitotóxico, podendo causar danos à vegetação, mesmo quando presente em baixas concentrações. O F tem capacidade de se ligar a cátions como o Magnésio (Mg²+) formando complexos “metal-flúor”. Sendo o Mg²+ um importante constituinte da clorofila, quando há formação deste complexo pode haver indisponibilidade de Mg²+ na biossíntese da clorofila ocasionando alterações macroscópicas e microscópicas. Além desses fatores, o F pode promover o colapso de cloroplastos e assim, também, causar alterações macroscópicas como cloroses e necroses. Bixa orellana L. (Bixaceae) é um arbusto nativo da América do Sul conhecida popularmente como urucum, colorau, etc. B. orellana é usada na produção de corante natural presente em alimentos, cosméticos e fármacos, sendo uma espécie de grande valor para a economia nacional. Com o objetivo de avaliar a sensibilidade de B. orellana ao F, mudas de 8 meses de idade de B. orellana foram submetidas à chuva simulada contendo o poluente. Os tratamentos foram compostos por 0 e 40 ppm de F, com seis repetições (n=6). Os indivíduos foram submetidos à chuva simulada contendo F, sendo este adicionado como fluoreto de potássio à água destilada (pH 6,0) durante 6 dias. Para análise morfológica, todas as folhas foram fotografadas diariamente, para registrar o início e a evolução das cloroses e necroses ocasionadas pelo F. Ao final do experimento, fragmentos da região mediana de folhas completamente expandidas do terceiro nó do ápice para base de três indivíduos foram coletadas para análises em microscopia de luz. As amostras foram fixadas em Karnovski, cortadas transversalmente (4µm) com auxílio de um micrótomo rotativo automático, coradas em Azul de Toluidina, e após, foram montadas lâminas permanentes. Ao fim do experimento, as folhas expandidas do tratamento 0 ppm/F não demonstraram sintomas visuais, enquanto as folhas expandidas do tratamento 40 ppm/F apresentaram necroses apicais, marginais e intervenais. Os danos microscópicos encontrados foram plasmólise e alteração da forma das células epidérmicas nas faces adaxial e abaxial, hipertrofia celular, redução na espessura da lâmina foliar provocada pela necrose e plasmólise generalizada das células do mesofilo, deformação dos estômatos e das estruturas secretoras de bixina. Os sintomas apresentados sugerem que B. orellana tem potencial sensibilidade ao F, podendo ser indicada como bioindicadora de poluição por F desde que novos testes sejam realizados. Entretanto, ressalta-se a importância de outras análises para uma melhor compreensão das respostas de B. orellana ao F.
Palavras-chave microscopia de luz, urucum, poluição atmosférica.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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