“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13828

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Lhoraynne Pereira Gomes
Orientador ANDREZA VIANA NERI
Outros membros Alice Cristina Rodrigues, Pedro Manuel Villa
Título Traços funcionais de espécies arbóreas dominantes aumentam o estoque de carbono em floresta da Mata Atlântica
Resumo A ‘hipótese da razão de massa’ afirma que a maior parte da biomassa vegetal pode ser encontrada em um pequeno número de espécies dominantes devido a valores de traços funcionais que otimizam essa função. Assim, as espécies dominantes têm um papel importante no funcionamento do ecossistema, como o estoque de carbono acima do solo. Além disso, o estoque de carbono pode variar devido ao tempo de sucessão da floresta e às condições ambientais locais. O objetivo desse estudo foi avaliar se i) as condições topográficas e o tempo de sucessão influenciam a quantidade espécies dominantes em carbono, e ii) se a média ponderada dos traços funcionais das espécies dominantes da comunidade (CWM) explicam as maiores quantidades de estoque de carbono em um fragmento de Mata Atlântica em Minas Gerais. Analisamos dois hectares de floresta com parcelas permanentes monitoradas entre 1984 e 2017, em encostas com condições topográficas contrastantes e diferente tempo de sucessão secundária. O estoque de carbono foi estimado a partir de uma equação alométrica para biomassa florestal (a concentração de carbono foi considerada como sendo 50% da biomassa). Usamos CWM de dois traços importantes para estocagem de carbono - densidade da madeira (WD) e diâmetro máximo das árvores (Dmáx) para avaliar o efeito da dominância funcional no estoque de carbono. Os valores de CWM de cada traço funcional foram calculados para dois grupos categóricos: i) espécies dominantes em carbono (CD) e ii) espécies não dominantes em carbono (CND). Além disso, usamos três variáveis topográficas para realizar uma análise de regressão multivariada (MRT) a fim obter a heterogeneidade topográfica de cada área estudada. Consideramos como 'espécies dominantes em carbono' aquelas que acumularam aproximadamente 50% do total de carbono em ambas as áreas e anos de amostragem. Encontramos que diferentes condições topográficas e estágio de sucessão afetam a quantidade de espécies dominantes em carbono. Assim, a área com maior heterogeneidade topográfica e tempo de sucessão (Nordeste) apresentou um número maior de CD em relação à área menos heterogênea e com menor tempo de sucessão (Sudeste). Além disso, nossos resultados mostraram que os valores de CWM dos traços funcionais de WD e Dmax das espécies dominantes determinam o estoque de carbono, de acordo com a hipótese da razão de massa. Dessa forma, a proporção de espécies dominantes foi determinada pela topografia e tempo de sucessão, enquanto que o estoque de carbono foi governado pelos altos valores CWM dos traços funcionais das espécies dominantes. Finalmente, destacamos que estoque de carbono na biomassa de árvores é um importante serviço ecossistêmico das florestas tropicais que tem sido um tópico importante para os esforços de mitigação das mudanças climáticas nos últimos anos. Assim, enfatizamos a importância dos traços funcionais das espécies dominantes para entender o funcionamento das florestas, conservar e aumentar as reservas de carbono.
Palavras-chave Identidade funcional, topografia, razão de massa
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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