“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13819

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Gabriela de Figueiredo Jacintho
Orientador CRISTIANO LOPES ANDRADE
Outros membros Júlio Cezar Mário Chaul
Título Estudo comportamental de besouros mirmecófilos Pselaphinae (Coleoptera: Staphylinidae) da Mata Atlântica
Resumo Os besouros mirmecófilos Pselaphinae são representados por aproximadamente 10.000 espécies distribuídas em 1.247 gêneros, sendo a segunda maior subfamília de Staphylinidae (Coleoptera). Apresentam distribuição global, salvo regiões polares, atingindo o pico de diversidade na serapilheira de florestas tropicais, o que sugere um papel ecológico importante nas comunidades destes habitats. São predadores de artrópodes pequenos, mas muitas linhagens são mirmecófilas, ou seja, possuem algum tipo de simbiose com formigas. Essa interação geralmente parece especializada e complexa. Contudo, alguns mirmecófilos são conhecidos como generalistas e interagem com espécies de formigas de várias subfamílias. Ninhos e colônias de formigas tem condições físicas e ambientais favoráveis, o que os torna alvos de organismos invasores. Em Pselaphinae, vários tipos de especializações morfológicas, comportamentais e químicas foram selecionadas, permitindo que esses organismos ultrapassassem as barreiras das colônias. Porém, pouco se sabe sobre o grau de mirmecofilia da maioria das espécies, principalmente as que apresentam poucas ou nenhuma destas adaptações morfológicas. Além disso, a taxonomia de Pselaphinae é incipiente, principalmente no Neotrópico. Isso dificulta a coleta de informações sobre a biologia e ecologia desses organismos em uma região biogeográfica com grande biodiversidade. A realização de análises etológicas é uma das formas de se elucidar a maneira como ocorre a relação simbiótica Pselaphinae-Formicidae. Assim, o presente projeto objetivou investigar o comportamento de besouros mirmecófilos Pselaphinae em fragmentos de Mata Atlântica. No fragmento EPTEA Mata do Paraíso, 21 blocos de serapilheira foram coletados e levados para um extrator Winkler adaptado para que os indivíduos permanecessem vivos. Ninhos também foram coletados e mantidos em laboratório para análise etológica. No fragmento florestal Mata da Biologia foram realizadas coletas de blocos de serapilheira somados de 2 cm de solo ao longo de seis pontos (três blocos por ponto). Estes foram cuidadosamente desmanchados à procura de registros de interações mirmecófilas. Diferente do que é constatado na maioria de outros trabalhos sobre a relação entre besouros Pselaphinae e formigas, nossos dados apontam que processos ecológicos podem estar interferindo mais do que a história evolutiva na determinação de pares simbiontes. A baixa especificidade entre a dupla, ausência de aparentes adaptações morfológicas nos besouros e ocorrência entre pares abundantes são os fatos que nos levaram a propor essa hipótese. Além disso, a maioria dos besouros coletados são de espécies não descritas, o que evidencia a necessidade de estudos taxonômicos posteriores.
Palavras-chave Simbiose, Formicidae, Etologia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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