“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13816

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Igor Paes Henriques
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros Abrahim Claudino da Silva Farage, Camila Oliveira Santos, Rodrigo Jose de Souza Satolo, Thadeu Carlos de Souza
Título ////Resistência ao milho Bt afeta a suscetibilidade da lagarta do cartucho a inseticidas foliares?
Resumo A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), é considerada uma das principais pragas da cultura do milho e o uso de cultivares transgênicos que expressam proteína inseticida de Bacillus thuringiensis (Bt) é uma das alternativas mais utilizadas no seu controle. Contudo, o extensivo uso dessa tática promove alta pressão de seleção para surgimento de populações resistentes às plantas Bt e, para mitigar esse desafio, costuma-se usar inseticidas foliares como ferramenta complementar de controle de populações de S. frugiperda resistentes a Bt. A resposta de insetos à exposição a certos estressores como os inseticidas pode ser alterada pela resistência a Bt, portanto é importante investigar se a suscetibilidade dessas populações é afetada. O objetivo deste estudo foi determinar se a resistência de populações de S. frugiperda ao milho Bt afeta a suscetibilidade larval a inseticidas foliares de diversas classes. Foi utilizada uma população suscetível (LabSS) e três populações resistentes a Bt Cry1F (RHX11), Cry1Ab.105 + Cry2Ab (RPRO13 e RPRO17) foram utilizadas. Oito diluições seriadas dos inseticidas clorantraniliprole, espinetoram, indoxacarbe, flubendiamida, bifentrina+carbosulfano e metomil foram utilizadas para os bioensaios em um delineamento inteiramente casualizado com seis repetições de oito insetos. Folhas do cartucho de milho não-Bt em estágio fenológico V8-V10 foram cortadas em seções de 4 cm, imersas nas preparações dos inseticidas por 5-10 segundos e deixadas para secar por 60 minutos no laboratório. Em seguida, as seções foliares foram colocadas em células individuais de bandejas plásticas e em cada célula foi colocada uma lagarta de terceiro ínstar. A mortalidade foi avaliada 96 h após a montagem do experimento. Nos resultados, pelo menos em uma das populações resistentes às toxinas Cry, os insetos apresentaram resistência aos inseticidas (<10 vezes) em relação aos da população suscetível padrão. Para o inseticida indoxacarbe, os níveis de resistência dos insetos atingiram 122 vezes na população resistente a Cry1F (RHX11) e 18-50 vezes nas populações resistentes a Cry1Ab.105 + Cry2Ab. Na maioria dos casos, os valores de concentração letal mediana (CL50) foram maiores em relação à população suscetível, indicando redução na suscetibilidade aos inseticidas nas populações resistentes a Bt. No entanto, em comparação à população resistente a Cry1F (RHX11), que foi isolada do campo em 2011, as populações resistentes a Cry1A.105 + Cry2Ab (RPRO13, RPRO17; isoladas respectivamente em 2013 e 2017) apresentaram maior suscetibilidade aos inseticidas testados. Assim, os insetos resistentes a Bt apresentam grau variável de suscetibilidade aos inseticidas sintéticos dependendo da população referência usada para comparação. As populações de S. frugiperda estudadas apresentam resistência moderada a alta somente ao inseticida indoxacarbe.
Palavras-chave Spodoptera frugiperda, Bacillus thuringiensis, Zea mays
Forma de apresentação..... Painel
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