“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13778

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Sociologia
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lidyane Souza Querino
Orientador DANIELA ALVES DE ALVES
Outros membros VICTOR LUIZ ALVES MOURAO
Título A internacionalização dos grupos de pesquisa nacionais: formação de redes e estratégia científico-política
Resumo A presente pesquisa é inspirada na literatura sociológica sobre a problemática da formação de redes tecnocientíficas em âmbito internacional na esfera da produção do conhecimento (GAILLARD, 1995; KATZ; MARTIN, 1997; KOCH; VANDERSTRAETEN, 2019; KREIMER, 2006; LATOUR, 2000; MARTÍN, 2013) e visa acompanhar o desenvolvimento do novo programa de internacionalização da Capes. O PrInt visa fomentar o desenvolvimento de planos estratégicos de internacionalização, a fim de melhorar a qualidade da pós-graduação nacional e dar visibilidade internacional à pesquisa científica realizada no país. Objetivou-se analisar este, no contexto da política de internacionalização da ciência brasileira, buscando acompanhar a formação e a estabilização de redes de pesquisa e de cooperação internacionais, os atores alinhados, os interesses mobilizados e os tipos de relações estabelecidas no contexto do programa. As metodologias escolhidas para a pesquisa em questão se sustentaram na base da coleta qualitativa de dados. Foram elas: análise bibliográfica, análise de conteúdo e entrevistas. A análise de conteúdo compreendeu o período de Fevereiro 2019/Julho 2020 e totalizou 111 informes sobre o programa. Todos os dados institucionais foram obtidos pelos sites da Capes e dos criados para o PrInt pelas universidades. Pode-se notar que foi um primeiro ano muito disperso. Enquanto tinha-se frequentemente notícias sobre os encaminhamentos que algumas universidades estavam dando aos seus projetos, outras sequer apareceram no radar de notícias. Nota-se também que as explicações dos projetos nos meios oficiais possuem informações bem generalistas. A dificuldade de acesso a informações oficiais como um todo, e o descompasso entre o conteúdo das mesmas, prejudicam diretamente o avanço do Programa a nível nacional. Como cada instituição tem autonomia de agência e particularidades em suas composições, através de uma amostra de instituições, há indícios que quanto maior o número de membros no comitê gestor, maior diversidade de áreas abarcadas e maior amplitude da nota dos programas dos quais eles vem. Considerando que o programa de internacionalização tem como foco o deslocamento de recursos humanos e no decorrer do último ano ocorreram algumas situações de caráter político — corte de gastos — e ambiental — pandemia — que impossibilitaram o mesmo, a não realização da principal proposta traz consequências ainda não identificadas para a consolidação desses. Pôde-se perceber que o PrInt, apesar de avançar na construção de suas propostas, sua execução fragmentada acaba por reproduzir as falhas de programas anteriores. A autonomia de cada universidade mostra-se como um aspecto importante no fortalecimento das iniciativas particulares, no entanto ela pode permitir a perpetuação das relações desiguais entre áreas de conhecimento. Também observa-se que o programa, vai sendo realizado de acordo com as demandas que vão aparecendo, ou seja, há limitações na execução de cronogramas consolidados.
Palavras-chave internacionalização, PrInt, pós-graduação
Forma de apresentação..... Painel
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