“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13761

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Glauco Luis do Nascimento Martins
Orientador CRISTIANO LOPES ANDRADE
Outros membros Italo Salvatore de Castro Pecci-Maddalena
Título Redescrição de duas espécies do gênero Pselaphacus Percheron, 1835 (Insecta: Coleoptera: Erotylidae: Tritomini) com ocorrência na Mata Atlântica
Resumo Os besouros do gênero Pselaphacus Percheron, 1835 (Coleoptera: Erotylidae) vivem associados a basidiomas de fungos Polyporaceae. Há 30 espécies conhecidas, todas neotropicais, 15 com registros no Brasil. Pselaphacus nunca foi taxonomicamente revisado e as informações limitam-se às descrições originais, as quais incluem basicamente aspectos da coloração e poucas características morfológicas, mas nenhuma descrição de terminália abdominal, metendosternito, aparelho bucal, base alar ou outras estruturas importantes. O uso da coloração como característica diagnóstica de espécies de Erotylidae era uma prática comum até meados do século XX. Porém, o policromatismo é bem documentado para a família e várias espécies, antes separadas por coloração, tem sido sinonimizadas. Indivíduos que se enquadram nas descrições de Pselaphacus dentatus Germar, 1824 e de Pselaphacus signatus Guérin-Méneville, 1841 foram observados convivendo nos mesmos basidiomas em fragmentos de Mata Atlântica no município de Viçosa, Minas Gerais. As duas espécies são muito semelhantes quanto à morfologia externa e a diferença mais conspícua está na coloração elitral. Nosso objetivo é verificar se P. signatus e P. dentatus são de fato espécies distintas, ou correspondem a uma única espécie, o que tornaria necessário a sinonimização desses nomes. Para isso, faz-se necessário uma análise comparativa de estruturas até então não estudadas no gênero. Exemplares depositados na Coleção Entomológica do Laboratório de Sistemática e Biologia de Coleoptera (CELC, DBA/UFV) foram dissecados sob estereomicroscópio e seus escleritos extraídos, corados e fotografados. Detectamos um potencial dimorfismo sexual na região do frontoclípeo: em ambas as espécies, os machos apresentam, na extremidade anterior, uma profunda emarginação internamente mais ou menos angulada, enquanto as fêmeas possuem um contorno arredondado. Também foi analisada a terminália abdominal masculina e feminina de ambas as espécies. Nesse caso, a diferença mais notável é na cabeça do flagelo peniano: apesar de igualmente bifurcada em ambas as espécies, em P. signatus há uma emarginação mais profunda em forma de U, com bordas laterais anteriormente pontiagudas e mais ou menos convergentes; enquanto em P. dentatus a emarginação é mais rasa, as bordas laterais anteriormente truncadas e levemente divergentes. Além disso, em P. signatus a borda posterior da cabeça flagelar possui um estreito prolongamento, ausente em P. dentatus. Tais características corroboram a hipótese de que os dois fenótipos correspondem de fato a espécies distintas. No entanto, mais indivíduos precisam ser coletados, criados em laboratório, observados em campo e em laboratório, e o estudo comparativo será aprofundado. Espera-se, com isso, que se adicione muito ao conhecimento sobre essas duas espécies peculiares de besouros micetócolos.
Palavras-chave sistemática, micofagia, biodiversidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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