“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13756

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Thaís Cristina de Aguiar
Orientador HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS
Outros membros Aline Gonçalves Spletozer, João Carlos Yuji Sato Dias, Lucas Jesus da Silveira
Título Capacidade de retenção hídrica da serapilheira em plantio de eucalipto após mineração de bauxita
Resumo A serapilheira compreende a camada mais superficial do solo, sendo formada por folhas, ramos, órgãos reprodutivos e detritos. A serapilheira desempenha um papel fundamental na regulação dos processos hidrológicos superficiais nos plantios de eucalipto, reduzindo o escoamento superficial e aumentando a infiltração da água no solo. Mensurar a capacidade de retenção hídrica da serapilheira permite avaliar a eficiência da reabilitação, pois maiores níveis de retenção de água propicia o desenvolvimento mais rápido de plantas, auxiliando na regeneração do ambiente anteriormente perturbado. O objetivo desse trabalho foi mensurar e monitorar a Capacidade de retenção hídrica da serapilheira (CRH) durante quatro anos do plantio de eucalipto em área reabilitada após a mineração de bauxita. Amostras de serapilheira no mês de maio de 2017, 2018, 2019 e 2020 foram coletadas para verificar sua CRH, sendo as coletas iniciadas aos 2,5 anos e finalizadas aos 5,5 anos após a reabilitação da mina. Um gabarito quadrangular de 0,25 m² foi lançado ao acaso próximo às parcelas coletoras de escoamento superficial e toda a serapilheira depositada sobre a superfície do solo (folhas, ramos, gravetos e frutos secos) foi coletada. A massa saturada (depois de submersas em água por 72 horas) e a massa seca (em estufa à 75°C com circulação forçada de ar) das amostras foram mensuradas para calcular a CRH. A CRH foi calculada pela expressão: CRH = (MSaturada – Mseca) / MSeca; em que: MSaturada é a massa da amostra saturada (kg) e Mseca é a massa da amostra seca em estufa (kg). A média das Mseca foi considerada como a quantidade de serapilheira produzida em cada período e calculada por hectare (kg/ha) usando regra de três simples. A serapilheira acumulada apresentou menor valor aos 2,5 anos (8,07 ± 0,85 kg.ha-1) e maior aos 4,5 anos (19,62 ± 3,43 kg.ha-1) do plantio. Aos 3,5 e 5,5 anos a acumulada serapilheira foi 14,53 e 14,99 kg.ha-1, respectivamente. Foram obtidos os seguintes valores de CRH: em 2017 (2,5 anos) 1,91 ± 0,11 kg.kg-1, em 2018 (3,5 anos) 2,39 ± 0,13 kg.kg-1, em 2019 (4,5 anos) 2,09 ± 0,13 kg.kg-1 e em 2020 (5,5 anos) 1,57 ± 0,25 kg.kg-1. A capacidade de retenção hídrica da serapilheira do eucalipto apresentou uma variação no tempo, com maior valor aos 3,5 anos, o que pode ser atribuído a maior quantidade de material orgânico que chega ao solo e a taxa na qual esse material é decomposto. A CRH aos 3,5 anos foi próxima ao valor médio relatado para clones de espécies e híbridos de eucalipto de 3 anos de idade (249,58% ou 2,49 kg.kg-1) e para híbrido E. urophylla x E. grandis (235% ou 2,35 kg.kg-1), tornando assim os valores obtidos dentro da média esperada para outras áreas. O aporte de serapilheira ao solo aumenta com o passar dos anos e com o crescimento do eucalipto até o ano em que incremento anual é reduzido. Com isto e o aumento da decomposição, a massa de serapilheira acumulada diminuiu, o que fez com que a CRH do último ano apresentasse um valor menor.
Palavras-chave Hidrologia Florestal, Manejo de Bacias Hidrográficas, Reabilitação
Forma de apresentação..... Painel
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