Resumo |
A educação não formal conquistou seu espaço nas últimas décadas e, os museus, antes vistos como locais de depósito de antiquarias, agora passaram a ser locais de ensino e aprendizagem. Para tal, é necessária a presença dos mediadores responsáveis pela transposição didática entre museu/aluno/professor. Estes são peças-chave dos museus, e necessitam de formação continuada para exercerem seu trabalho com eficiência, sendo assim, é importante conhecer o perfil destes profissionais, fundamentais no processo da educação museal, apesar do tema ainda pouco explorado, porém de extrema relevância. A pesquisa contou com apoio da bolsa de iniciação científica PIBIC 2019/2020 com o objetivo principal de conhecer o perfil dos mediadores dos museus através dos relatos de experiências e compreender o papel do mediador/mediação em museus, além desvendar as relevantes funções exercidas por estes profissionais. Como metodologia, foi realizada uma revisão de literatura científica por meio de consultas nas bases do SciELO e Google Acadêmico, utilizando as seguintes palavras-chave: Mediação, Museus e Espaço não formais. Foram selecionadas duas obras fundamentais: a publicação “Diálogos & Ciência: mediação em museus e centros de ciência” organizada por Luisa Massarani, Matteo Merzagora, Paola Rodari e a publicação “Educação em Museus: a mediação em foco” organizada por Martha Marandino Diante dos resultados das análises das obras, percebemos como a mediação em museus é importante para maior qualidade das visitas, sendo que a ideia de mediação defendida é na perspectiva socioconstrutivista, que visa promover diálogos que possibilitem adquirir novos conhecimentos. A capacitação dos mediadores para atender as expectativas dos visitantes é essencial, para que estes sejam capazes de envolver o público nos processos intensos de reflexão, ação e aprendizagem. Sem dúvidas, o mediador deve ser comunicativo e capacitado para a interação com o público, pois interatividade é a palavra que resume as visitas nos espaços não formais, construindo argumentos, e cooperando para a construção de novos conhecimentos. Concluímos que para exercer a função do mediador em museus é necessário que este possua algumas habilidades, sendo que a mais importante é saber comunicar com o público. Quando os mediadores tiverem o reconhecimento de sua profissão pelo público e pelos museus haverá mais investimento e contratação destes profissionais em uma gama maior de espaços museais, pois eles são os sujeitos que humanizam a relação visitante-museu. |