Resumo |
Raul d’Ávila Pompéia, conhecido, sobretudo, por sua obra O Ateneu, foi um escritor que atuou fervorosamente em jornais nas últimas décadas do século XIX. Detentor de um estilo singular, Pompéia gerou com sua composição literária uma série de debates em meio à crítica especializada, sendo rotulado ora como realista, ora como naturalista, até que, ao que parece, se chegasse a um consenso, a partir do posicionamento de Otto Maria Carpeaux (1963), de que o escritor configurava-se como impressionista. O presente estudo, financiado com bolsa de Iniciação Científica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi concebido e estruturado em dois eixos principais, propondo, alicerçado em inflexões críticas, a execução de um reposicionamento das análises de Araripe Junior, publicadas no periódico Novidades, nos anos de 1888 e 1889, a respeito da principal obra do autor, O Ateneu, sendo esta a parte primeira deste estudo. Por considerá-las seminais para a literatura crítica pompeiana, buscamos tomá-las a uma análise atenciosa, e, em seguida, incluí-las entre o que consideramos “bibliografia de referência”, item presente no segundo eixo. Será a partir de levantamento e coleta de arquivos, disponibilizados pela Hemeroteca Digital - portal de periódicos nacionais que permite ampla consulta, pela internet, a jornais, revistas, anuários, boletins e publicações seriadas -, que nosso segundo eixo tratará da bibliografia do romancista. Optamos por sequenciar esta segunda parte em quatro seções: i) bibliografia basilar, que incluem textos reconhecidamente referenciais para a compreensão da obra pompeiana; ii) publicações em comemoração ao centenário do nascimento ao autor (1963); iii) publicações em comemoração ao centenário da morte do autor (1995) e, por fim, iv) publicações vindas à luz na última década (2009-2019). Essas últimas, acreditamos, fornecem-nos algum parâmetro para a comprovação ou não da apreciação crítica de Raul Pompéia, sobretudo em universo acadêmico. |