“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13736

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Drielly Reis Expedito
Orientador PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Outros membros Bianca Amorim Gomide, Camila Aparecida Lopes, Igor Martins Strelow, Mariana Silva Leite
Título Gastrite crônica canina responsiva a Prednisolona: relato de caso
Resumo A gastrite é uma inflamação da mucosa gástrica que tem como principal sinal clínico o vômito, mas também pode cursar com apatia, hiporexia ou anorexia e emagrecimento progressivo. O vômito crônico pode ser causado pela gastrite primária, subdividida em bacteriana, parasitária, responsiva a dieta ou idiopática ou ainda ser secundário a distúrbios sistêmicos, endócrinos ou obstrutivos, sendo necessário o descarte de todas as causas secundárias antes de iniciar a pesquisa das causas primárias. Com relação ao tempo de desenvolvimento e a intensidade dos sinais clínicos pode ser classificada em aguda ou crônica, sendo a última caracterizada por infiltrados inflamatórios devido a alterações de permeabilidade da mucosa gástrica. Objetiva-se relatar um caso de gastrite crônica atendido no HOV/DVT-UFV. Um cão, da raça Spitz alemão, fêmea, de 8 meses, deu entrada no HOV apresentando vômitos intermitentes de aspecto bilioso há 4 meses, os quais se tornaram mais frequentes e passaram a ser acompanhados por hiporexia após dois episódios de indiscrição alimentar. Nenhuma alteração foi encontrada durante o exame físico. Procedeu-se a coleta de material para hemograma e bioquímica sérica, ambos sem alterações dignas de nota. Foi instituído tratamento sintomático e preparação para exame de ultrassonografia abdominal com Omeprazol 1mg/kg, Metoclopramida 0,5mg/kg, Dimenidrinato 8mg/kg e Simeticona 40 mg/kg administrados até o retorno, quando raio x de tórax também foi realizado e possibilitou o descarte de alguns diagnósticos diferenciais relacionados ao esôfago. A ultrassonografia revelou parede estomacal espessa e irregular. Além disso, foi realizada biopsia por endoscopia com detecção de Helicobacter spp. e discreto infiltrado linfoplasmocitário. Em virtude desses achados, foi iniciada terapia com Amoxicilina 25mg/kg, Metronidazol 15 mg/kg e Omeprazol 1mg/kg por um período de 21 dias, com obtenção de resultados positivos durante o tratamento e recidiva dos sinais clínicos logo após a interrupção do uso dos fármacos. Por essa razão optou-se pelo uso da dieta hipoalergênica, inicialmente por 2 semanas, que não demonstrou resposta satisfatória e, portanto, associou-se à dieta a prednisolona, na dose de 1mg/kg BID com redução gradual da dose e frequência de administração. Após a interrupção da terapia esteroidal, houve recidiva dos sinais clínicos e, devido a isso, a terapia com a prednisolona foi reassumida na dose se 0,5 mg/kg, BID. Conclui-se que a gastrite deve ser um diagnóstico diferencial das gastroenteropatias atendidas na rotina clínica Veterinária em pacientes que apresentem os sinais clínicos supracitados. Os achados ultrassonográficos e histopatológicos são compatíveis com a cronicidade dos sinais clínicos e a resposta favorável obtida pela associação entre a dieta hipoalergênica e a prednisolona sugere um fator imunomediado como causa.
Palavras-chave Gastrite Crônica, infiltrado linfoplasmocitário, prednisolona
Forma de apresentação..... Painel
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