“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13725

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Mariana Itagiba Vaccarini
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros Jonas Gonçalves Corrêa, Maria de Fátima Cotta da Silva, Paulo Henrique de Carvalho Costa, Rebecca Anne Arrant
Título Peritonite Infecciosa Efusiva Felina: relato de caso
Resumo A Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é uma enfermidade imunomediada, sistêmica, progressiva e potencialmente fatal causada por uma mutação genética do coronavírus felino. De maior ocorrência em gatos jovens, mas também relatada naqueles com mais de 10 anos. É classificada em duas formas clínicas: efusiva - caracterizada por polisserosites fibrinosa e vasculite; e não efusiva – com lesões granulomatosas em órgãos. A forma efusiva representa cerca de 80% dos casos de PIF. Os sinais clínicos surgem entre duas a três semanas após a exposição e, aproximadamente, 14 dias após a mutação, o vírus pode ser encontrado em diversos órgãos, dentre eles o sistema nervoso central. O diagnóstico baseia-se no histórico, sinais clínicos, possibilidade de exposição ao agente, exames complementares - ultrassonografia abdominal, análise de líquidos cavitários, teste de Rivalta - exame histopatológico, sorologia, PCR, imunohistoquímica e/ou imunofluorescência. O diagnóstico definitivo é difícil, pois seria necessário obter tecidos acometidos para análise histopatológica que, assim como o teste de Rivalta apresentam a limitação de baixa sensibilidade. É uma doença comum, sobretudo em animais em contato com grandes populações, porém sub-diagnosticada. O tratamento inclui glicocorticoides e terapia sintomática. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de suspeita de PIF atendido na clínica veterinária Clinipet São Francisco em Ubá-MG. A paciente felina sem raça definida, fêmea, 6 anos, castrada, apresentava queixa de anorexia, êmese, apatia e caquexia. Exibia histórico de enterite autolimitante, fuga e retorno após 15 dias e cinco contactantes felinos hígidos com acesso a rua. Ao exame físico, se encontrava prostrada, desidratada, com algia epigástrica, hipofonese cardíaca e hipotermia. A análise hematológica evidenciou leucocitose neutrofílica, linfopenia relativa, moderada elevação das enzimas hepáticas (AST e GGT) e soro ictérico. Ao exame ultrassonográfico visibilizou fluido subcapsular em ambos os rins, baço com ecogenicidade diminuída, hepatomegalia com parênquima hiperecogênico e áreas hipoecogênicas, alças intestinais plissadas, pâncreas heterogêneo e aumentado e líquido livre abdominal em quantidade discreta. A radiografia torácica sugeriu efusão pleural. Foi internada para tratamento com prednisolona, metronidazol, ampicilina, ondansetrona e metoclopramida; fluidoterapia, controle de dor e de temperatura. Durante a internação, a paciente apresentou-se confusa e os sinais neurológicos evoluíram para ataxia, opistótono, hiperestesia e crise convulsiva. A tutora optou pela eutanásia. Ressalta-se o prognóstico reservado da patologia e a dificuldade de um diagnóstico rápido e confiável, sendo essencial o conhecimento das alterações clínico patológicas da enfermidade, a fim de minimizar o sofrimento dos pacientes com PIF.
Palavras-chave Medicina felina, peritonite, sinais clínicos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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