Resumo |
Em populações já estudadas, o cará Geophagus brasiliensis (QUOY & GAIMARD,1824) foi descrito com uma variabilidade morfológica em seu cariótipo relativamente moderada, considerando dados do seu ancestral. Contudo, apesar de ter número diploide 2n = 48, as isoformas de seus cromossomos variam entre localidades, sendo as atividades antrópicas um gerador de estresse que, por sua vez, justifica as adaptações nas populações, que podem levar à modificação genotípica, ocasionando em polimorfismo genético e acarretando em modificações em alguns resultados já catalogados (LOWEMCCONNELL, 1987), dessa forma se faz necessário o estudo comparado da citogenética deste indivíduo. Os peixes foram coletados utilizando-se redes de arraste e varas de pesca e separados para extração de material para análise citogenética. Para este manuseio, os peixes foram previamente analisados morfologicamente em seguida foram anestesiados com óleo de cravo e sacrificados, com a separação do rim cefálico que foi fragmentado e processado utilizando o método de BERTOLLO et al. (1978) para obter as amostras que foram mantidas sob refrigeração. Após a preparação das lâminas, as metáfases foram separadas com marcação em lâminas brancas e foram identificadas novamente em fotomicroscópio Olympus BX53. Os cariótipos foram montados segundo LEVAN (1964) com uso de softwares Adobe Photoshop CS e IPwin32. Uma vez estabelecido os padrões, fez-se o uso da técnica de identificação das regiões organizadoras de nucléolo (Ag-NOR), segundo HOWELL & BLACK (1980). Dessa forma, através de uma avaliação de 15 espécies sendo 8 machos e 7 fêmeas, estabeleceu-se um padrão de 48 cromossomos: 2 pares submetacêntricos, 9 pares sub-telocêntricos e 13 pares acrocêntricos. Para os efeitos comparativos, a técnica de Ag-NOR até o presente momento se demonstrou com baixa variação, com tempo e 5 minutos e 30 segundos de reação, observou-se uma variação nas marcações, podendo ocorrer no primeiro (fêmeas) ou no segundo (machos) par cromossômico submetacêntrico, para ambos os casos a marcação ocorre da região telomérica até a região pericentromérica dos braços menores dos cromossomos, se fazendo necessária uma reavaliação, pois estes fogem do padrão da literatura. Linearmente, os resultados comparados à ALVES-SILVA E DERGAM, que descreveram ultimamente a população de Geophagus brasiliensis, se fazendo necessário uma análise com maior número de indivíduos para estabelecer um padrão cariotípico com mais exatidão e a confirmação da possível variação atrelada ao sexo para AgNORs. Além disso, apesar da técnica de Ag-NOR não demonstrar grandes variações quanto ao cariótipo. ela deve ser refeita com maior frequência, pois seus parâmetros estão fora do encontrado no Rio Doce e distantes do que é assistido na literatura. |