“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13712

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Cecilia Carmanini de Mello
Orientador JOANA D'ARC GERMANO HOLLERBACH
Título Recomendações de um organismo internacional: o BID e o Ensino Médio brasileiro
Resumo O presente trabalho é um recorte da dissertação de mestrado defendida em fevereiro de 2020, no Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Viçosa, intitulada “As políticas para o Ensino Médio no Brasil e suas relações com o BID (2003-2016)”. Na dissertação o nosso principal objetivo foi analisar a influência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) nas políticas para o Ensino Médio no Brasil, entre 2003 e 2016, e para tanto analisamos documentos do BID e políticas educacionais federais. Aqui apresentamos as análises referentes aos documentos do BID, “Análisis del Apoyo del BID a la Educación Secundaria: Mejora del Acceso, la Calidad y las Instituciones (1995-2012)” e “Melhores Práticas em Escolas de Ensino Médio no Brasil”, publicados em 2013 e 2010, respectivamente. Como método, usamos a análise de conteúdo orientada pelo materialismo histórico-dialético. A partir da leitura dos dois documentos, emergiram as seguintes categorias: Responsabilidade Profissional, Avaliação, Formação Docente e Financiamento. Essas quatro categorias nos possibilitaram compreender que o principal objetivo do BID é a formação de um novo profissional da educação. No que se refere à responsabilidade profissional é destacado que o professor deve ser comprometido, buscar melhorias na formação, ter uma boa imagem de si e se responsabilizar pelos sucessos e fracassos dos alunos. A categoria avaliação mostra que as avaliações são tidas como parâmetro para o currículo, metodologias e financiamento, além de serem apresentadas como forma de melhorar a qualidade da educação. No que concerne à formação docente, o BID defende a formação inicial de qualidade, capacitação em serviço, processos seletivos e critica a pós-graduação, indicando que esse tipo de formação afasta os docentes da Educação Básica. A última categoria de análise é financiamento, e a esse respeito temos no documento a defesa de que não é preciso aumentar o financiamento, mas gerir de forma mais eficiente os recursos, além de investi-los em áreas como tecnologias e material didático. Pelas análises empreendidas, percebemos que o professor é o ator a quem se dirigem as recomendações, prioritariamente, porém são desconsideradas as condições de trabalho docente, nas quais ele deveria desempenhar as tarefas propostas e também é desconsiderado o salário. Tal desconsideração a questões tão prementes e fundamentais para o desenvolvimento de uma educação de qualidade socialmente referenciada deixa transparecer o descaso com a educação da classe trabalhadora, presente nos documentos das agências internacionais.
Palavras-chave Educação Básica, BID, Ensino Médio.
Forma de apresentação..... Vídeo
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