“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13705

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Verônica Rodrigues Castro
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Francisco José Sayão Lobato Brum de Barros, Maria de Fátima Cotta da Silva, Mariana Silva Leite
Título Flap de avanço toracodorsal para tratamento de mastocitoma de alto grau em cão.
Resumo O mastocitoma cutâneo é uma neoplasia maligna comum em cães. O tratamento mais eficaz é cirúrgico, através da remoção completa e com margens livres de células neoplásicas. Assim, muitas vezes são criadas grandes feridas cirúrgicas de difícil fechamento, necessitando-se do uso de técnicas reconstrutivas. O retalho de padrão axial da artéria toracodorsal é uma técnica de reconstrução baseada na utilização do ramo cutâneo da artéria e veia toracodorsal para o fechamento de defeitos no ombro, membro torácico, região axilar, tórax e cotovelo. Assim, objetiva-se relatar o caso de um cão macho, BassetHound de 6 anos de idade, com mastocitoma na região de cotovelo direito, de aproximadamente 8x6cm, aspecto firme, hiperêmico, área central necrosada e odor fétido. Ao exame físico observou-se a pele eritematosa, liquenificada e pruriginosa, caracterizando dermatite generalizada. Os exames laboratoriais revelaram leucocitose com neutrofilia, eosinofilia, linfopenia, desvio a esquerda de 6% e discreta anemia normocítica e hipocrômica. Na citologia aspirativa por agulha fina diagnosticou-se mastocitoma. Após radiografia torácica e ultrassonografia abdominal descartou-se a presença de metástases. O paciente foi encaminhado para exérese cirúrgica do nódulo, respeitando-se margem de segurança lateral de 3cm e profunda até periósteo da região de olécrano, criando defeito cutâneo e muscular de aproximadamente 15x15cm na região da articulação úmero-radio-ulnar direita. Para a correção do defeito, utilizou-se a técnica cirúrgica de retalho de padrão axial toracodorsal, por meio de incisão ao longo da espinha da escápula, outra paralela e caudal a esta e uma última incisão interligando as duas. Divulsionou-se o tecido subcutâneo formando um flap de 20x20cm. Após, lavou-se o defeito com solução salina e uma incisão foi feita entre o flap e o defeito, formando uma ponte. Por fim, este foi rotacionado 180º e sobreposto à ferida. O subcutâneo foi suturado pela técnica de walking suture com poliglactina 910 2-0 e a dermorrafia em padrão intradérmico com poliglecaprone 3-0 e simples separado com nylon 4-0. O exame histopatológico indicou mastocitoma de grau III e comprometimento das margens cirúrgicas. Doze dias após o procedimento, observou-se área de necrose na região cranial do flap de 1cm de largura, sendo esta comum em cirurgias reconstrutivas quando são formados flaps de grandes extensões, o que pode prejudicar o aporte vascular principalmente na sua extremidade distante dos vasos nutrientes. O paciente apresentou boa recuperação cirúrgica e foi encaminhado para quimioterapia adjuvante e pós-operatório tardio. O flap toracodorsal é um dos maiores retalhos de padrão axial, comumente utilizado para a cobertura de amplos defeitos em região cervical, torácica e membros torácicos de cães. O emprego desta técnica neste caso demonstrou-se eficaz para cobertura do defeito extenso gerado pela exérese do mastocitoma com margens de segurança recomendadas, na região de cotovelo.
Palavras-chave cirurgia reconstrutiva, mastocitoma, flap toracodorsal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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