“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13696

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Luiza Vitarelli Kladt
Orientador YAME FABRES ROBAINA SANCLER DA SILVA
Outros membros Cristian Silva Teixeira, Davi Nunes Leandro Silva, Matheus Vilela Albino, Tiago Martins Tibúrcio
Título Comparativo da cinética espermática de machos equídeos de diferentes raças, fora da estação reprodutiva, no sudeste brasileiro
Resumo A realização de coletas de sêmen de equídeos fora da estação reprodutiva, é uma alternativa para otimizar o uso desses machos visando a realização de criopreservação seminal. Os garanhões são classificados como reprodutores de dias longos, assim, a qualidade seminal pode ser afetada nesse período, bem como a fertilidade desses machos. Este efeito da sazonalidade nos equinos é bem descrito no hemisfério norte, porém são poucos os estudos sobre este efeito nos equinos localizados no hemisfério sul. Além disso, é questionável o efeito da sazonalidade nos machos asininos, demandando mais estudos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar e comparar as variáveis cinéticas entre duas diferentes espécies (equinos e asininos) e entre duas raças de equinos (Mangalarga Marchador e Bretão) durante o inverno no sudeste do Brasil. Foram utilizados ao total 10 equídeos machos, com idade entre 4 e 18 anos, sendo 4 equinos da raça Mangalarga Marchador, 3 da raça Bretão e 3 jumentos Pêga em regime de coleta de sêmen. Para as coletas foi utilizada vagina artificial modelo Botucatu e auxílio de manequim ou égua/jumenta em cio. Os machos foram coletados uma vez ao dia, com intervalo entre 48 e 72 horas nas duas primeiras semanas de agosto de 2020, totalizando 7 coletas por animal. O experimento foi conduzido no Setor de Equideocultura da Universidade Federal de Viçosa. O sêmen obtido foi filtrado para a retirada da porção gel e diluído na proporção de 1:1 (sêmen equinos) e 1:4 (sêmen asininos), ambos com o diluente a base de leite desnatado Botusemen®. Posteriormente, as amostras foram avaliadas de forma subjetiva por meio do uso de microscópio óptico de luz (aumento de 100x) quanto à Motilidade Total (%), Motilidade Progressiva (%) e Vigor (escala de 0 a 5). Os resultados foram avaliados utilizando o pacote Proc Mixed do SAS para características de distribuição normal e Proc Glimmix com distribuição de Poisson para as variáveis sem distribuição normal (Vigor). Considerou-se o grupo como efeito fixo e o animal como efeito aleatório. Diferenças foram consideradas quando p<0.05. Assim, houve diferença (p<0.02) para a variável Motilidade Progressiva (MP), na qual os Jumentos (59.89±6.56) obtiveram média superior aos garanhões Mangalarga Marchador (26.21±5.69), mas não diferiram em relação aos Bretões (40.71±6.54). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos para as variáveis Motilidade Total (MT) e Vigor. Tais resultados demostram uma qualidade seminal superior dos asininos em comparação aos equinos da raça Mangalarga Marchador fora da estação reprodutiva. No entanto, essa diferença não pode ser generalizada a todas as raças de equinos, como demonstrado pela raça Bretão. A motilidade progressiva é um parâmetro que possui correlação com a fertilidade, sendo importante para a avaliação reprodutiva dos machos. Mais estudos dentro da estação reprodutiva são necessários para saber se esta diferença é influenciada pela sazonalidade.
Palavras-chave sazonalidade reprodutiva, jumento, garanhão
Forma de apresentação..... Painel
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