“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13687

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isabelle Vieira Torres
Orientador MARCIA CRISTINA TEIXEIRA RIBEIRO VIDIGAL
Outros membros Linamarys Aparecida de Oliveira Paulo, LUIS ANTONIO MINIM
Título ESTABILIDADE DE EMULSÕES DE ÓLEO DE BARU (Dipteryx alata vog.) EM ÁGUA: INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE NACL E DO PH
Resumo O baru (Dipteryx alata vog.) é um exemplar vegetal encontrado no cerrado brasileiro e da sua amêndoa se obtêm um óleo, que é utilizado na culinária regional, porém pouco explorado industrialmente. O óleo de baru possui alto valor nutricional e é constituído, em sua maioria, de ácidos graxos insaturados e compostos bioativos com capacidade antioxidante, possuindo, dessa forma, potencial de aplicação na indústria alimentícia para elaboração de produtos emulsionados e para uso doméstico de forma similar ao óleo de soja e azeite de oliva. Assim, o objetivo do trabalho foi desenvolver e caracterizar sistemas emulsionados usando óleo extraído da semente de baru, avaliando sua estabilidade cinética em diferentes condições de força iônica (0, 100 e 200 mmol/L de NaCl), pH (6, 7 e 8) e tempo de armazenamento (28 dias). Inicialmente, foram preparadas soluções aquosas de tampão fosfato de sódio (5 mmol/L), contendo Tween 80 e diferentes concentrações de NaCl e valores de pH. Em seguida, emulsões O/A foram preparadas usando o óleo de baru (20% w/w) como fase dispersa e mantendo a proporção entre as fases constante (1:4 w/w; óleo: solução), e foram obtidas utilizando o homogeneizador de alta velocidade (7500 rpm; 3 minutos) e seguido do homogeneizador de alta pressão (10.000 psi; 2 ciclos). Para avaliar a estabilidade cinética das emulsões foram analisados: o tamanho médio das gotas e índice de polidispersidade pelo método de espalhamento dinâmico de luz; o potencial zeta (ζ) pela medida de mobilidade eletroforética; estabilidade macroscópica à cremeação avaliada visualmente durante o armazenamento e as propriedades reológicas utilizando reômetro dinâmico oscilatório. A concentração de sal não teve efeito significativo nos valores de potencial ζ e no tamanho da gota (p > 0,05). Em todos os sistemas o diâmetro médio variou de 237 a 315 nm após o armazenamento. O potencial ζ foi dependente do pH e tempo de armazenamento (p < 0,05), variando de 39,4 a 50,3 mV (em módulo) e indicando forte repulsão eletrostática das gotículas de óleo de baru dispersas na fase aquosa, devido possivelmente à presença de ácidos graxos livres. Na presença de sal, as emulsões apresentaram agregação das gotículas de óleo, porém nenhuma evidência visível de formação de creme após o período de armazenamento. As emulsões foram caracterizadas como fluidos newtonianos e apresentaram baixa viscosidade (entre 1,99 e 2,39 mPa.s). O estudo forneceu uma visão aprofundada sobre a estabilidade cinética das emulsões incorporadas com óleo de baru em diferentes condições ambientais. E, desta forma, pode-se concluir que o óleo de baru é um promissor ingrediente alimentar para o desenvolvimento de novos produtos baseados em emulsão, com potencial aplicação em diversas áreas industriais, o que poderá proporcionar maior impacto científico, tecnológico e socioeconômico para a região do Cerrado Brasileiro.
Palavras-chave estabilidade cinética, reologia, potencial zeta.
Forma de apresentação..... Painel
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