“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13681

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Lorena Mucci Castanheira de Paula
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros Arinelle Freire Augusto, Camila Costa Abreu, Daniela Tavares de Lima, FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Título Cirurgia perineal para tratamento de carcinoma hepatóide em cão
Resumo Cirurgia de períneo é mais frequentemente realizada para tratar hérnias perineais, fístula perianal, doença do saco anal, tumores, fístulas retovaginal ou retouretral, e outras anomalias congênitas ou traumáticas. Esconder-se, lamber o ânus, constipação, tenesmo e disquezia são típicas queixas que apresentam associação com doença perineal e retal. Muitas são as complicações observadas após cirurgias perineais. Dentre elas podem ser citadas a lesão do nervo isquiático, incontinência fecal devido à lesão dos músculos esfíncter externo anal, retococcígeo, elevador do ânus ou coccígeos, dano aos nervos retais caudais ou ao nervo pudendo periférico, infecção da ferida cirúrgica por contaminação fecal devido à proximidade com o ânus, deiscência de sutura devido à tensão, colocação de suturas no lúmen retal ou sacos anais. Objetiva-se relatar o caso de um canino, SRD, 14 anos de idade, 8 kg, atendido com queixa de aumento de volume progressivo em região perianal há um mês e disquezia. Ao exame clínico detectou-se apatia, desidratação, mucosas hipocoradas, tumor de aproximadamente 15 x 10 cm, firme, ulcerado, irregular, não cístico, aderido à musculatura, localizado em região perianal. O hemograma evidenciou leucocitose por neutrofilia, anemia normocítica hipocrômica e aumento das enzimas hepáticas e renais. O exame citológico foi sugestivo de neoplasia da glândula hepatóide. Ao exame ultrassonográfico abdominal e radiográfico de tórax, não foram encontradas metástases evidentes. O paciente foi encaminhado para exérese tumoral. Foi realizada incisão de pele curvilínea ao redor do tumor, desde a base da cauda até a tuberosidade isquiática, sem margem de segurança, preservando a musculatura do diafragma pélvico. Após a retirada do tumor, foi realizada redução do espaço morto com poliglecaprone 2-0, pela técnica de walking suture devido ao grande defeito formado e sutura de pele intradérmica com poliglecaprone 3-0 e em padrão simples separado com nylon 3-0. A ferida cirúrgica foi mantida limpa, com lavagens criteriosas após a defecação e utilização de pomada com antibióticos. Analgésicos, anti-inflamatórios e laxantes devem ser empregados para minimizar a dor e o tenesmo. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de carcinoma hepatóide. O paciente apresentou evolução satisfatória no pós-operatório e não apresentou intercorrências comumente relatadas como deiscência da sutura por contaminação fecal, incontinência fecal ou disquezia. Dissecção cirúrgica criteriosa e cautelosa para exérese tumoral é fundamental para preservação de estruturas nervosas, musculares e esfíncter anal, evitando complicações comumente descritas. Embora o procedimento tenha causado um grande defeito na região perineal, não foi necessária a realização de técnicas reconstrutivas para fechamento do defeito.
Palavras-chave disquezia, períneo, neoplasia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,65 segundos.