“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13680

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Alex Xavier Pinheiro
Orientador GENELICIO CRUSOE ROCHA
Outros membros Elisa Gramacho de Oliveira
Título Lixiviação de cobre em amostras de Tecnosolo oriundo do rompimento da Barragem de Fundão, Mariana - MG
Resumo O rompimento da barragem de Fundão em Mariana – MG, no ano de 2015, desencadeou um dos maiores desastres ambientais da história brasileira, mudando completamente a paisagem afetada pela deposição de rejeito originário da extração do minério de ferro. A deposição desse rejeito sobre os solos da região deu origem a uma nova formação de solo nas margens dos seios afetados pelo derrame. Esse novo solo é classificado como Tecnosolo, cuja maior característica é o significante acúmulo de substratos antropogênicos, isto é, de origem humana. Estudos posteriores demonstraram níveis preocupantes de Cobre nos corpos de água afetados e também concentrações significantes no Tecnosolo- o que foi justificado como uma influência do revolvimento das bacias hidrográficas pelo despejo do rejeito que trouxe para a superfície íons metálicos sedimentados há décadas- podendo, devido suas características físicas, contaminar os corpos da água da região através da lixiviação. Diante disso, este estudo teve como objetivos: (1) avaliar a lixiviação de cobre, um dos metais encontrados em amostras de Tecnosolo coletadas no munícipio de Barra Longa – MG, e (2) avaliar o potencial do tratamento do rejeito com solo típico da região, Latossolo Vermelho-Amarelo, e sua influência na lixiviação de cobre. Para isso formulou-se dois tratamentos, Tecnosolo (R) e Tecnosolo + Latossolo (RS), com volume de 142 cm³. Esses tratamentos foram depositados em colunas de lixiviação, confeccionadas em tubos de PVC, com volume total de 173,0cm³ (24,5cm x 10cm), com uma das extremidades cobertas com lã de vidro, evitando a perda de material. Para o tratamentos RS as amostras do Tecnosolo foram misturadas com o Latossolo em volumes de 70,8 cm³ de Latossolo + 70,8 cm³ de Tecnosolo. A porosidade total foi calculada a partir da saturação do solo e, após seu cálculo, determinou-se quatro volumes de água nos valores de 1,5; 2,0; 2,5 e 3 vezes o volume total de poros, visando simular diferentes níveis de precipitação. As soluções lixiviadas dos tratamentos foram coletadas em provetas, acondicionadas em recipientes plásticos e mantidas em um refrigerador para as determinações químicas pertinentes. Posteriormente, as soluções foram analisadas com o uso da Espectroscopia de Emissão Atômica (ICP-OES) para a quantificação do íon cobre. Assim, o estudo foi realizado em esquema fatorial em delineamento inteiramente casualizados (DIC), com três repetições (2x4x3); totalizando 24 parcelas experimentais. Os resultados foram tratados estatisticamente utilizando a ANOVA e o teste de Tukey. Os volumes obtidos foram: R + Vol. 1 = 0,048; R + Vol. 2 = 0,031; R + Vol. 3 = 0,026; R + Vol. 4 = 0,019 e RS + Vol. 1 = 0,011; RS + Vol. 2 = 0,010; RS + Vol. 3 = 0,007; RS + Vol. 4 = 0,006. A partir dos resultados e da análise estatística, pôde-se concluir que a adição de solo ao rejeito diminuiu significativamente o volume de cobre lixiviado e que o volume precipitado influencia significativamente na quantidade de cobre lixiviado.
Palavras-chave Tecnosolo, Rejeito, Lixiviação de íons
Forma de apresentação..... Painel
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