Resumo |
O processo de partição de matéria seca entre os órgãos determina o padrão de crescimento na planta e pode sofrer forte alteração ao longo do ciclo da cultura. Assim, quantificou-se a partição de matéria seca entre os principais órgãos da planta de milho irrigada, em função dos seus estádios fenológicos. Para isso, realizou-se o plantio, em primeira safra, do híbrido BMX 855 VT PRO 2, com população de 60.000 plantas por hectare, após desbaste em V3. O manejo da irrigação (aspersão) foi realizado com o irrigâmetro. Em cada estádio fenológico, iniciando-se no VE, até o R6, foram feitas coletas da parte aérea de três plantas, totalizando 14 épocas de coletas (tratamentos). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com três repetições. As plantas foram separadas em folhas, colmo e espigas, tendo sua matéria seca quantificada. O acúmulo de MS do milho ocorreu de forma dinâmica e contínua com os estádios fenológicos. No estádio VE, verificou-se predominância na partição para os tecidos foliares (73,32%). De V1 a V3 observou-se predominância da partição para o colmo (66,91%). De V6 para V9 houve aumento de 12,5% nos teores de MS presente nas folhas. A partir de V12 houve elongação acelerada do caule, persistindo até R2, sendo em V15 o pico de concentração de matéria seca no colmo (75,4%). No estádio R1, a planta de milho apresentou 69%, 24% e 6% da sua matéria seca em colmo, folhas e espigas respectivamente, mas essa proporção se alterou fortemente ao longo dos estágios reprodutivos. Assim, em R3, houve o incremento no acúmulo de MS, com partição predominando para espiga (47%), em detrimento ao colmo (41%) e folhas (11%), devido à translocação para os grãos em formação. Em R4, a espiga compunha 53,04% da matéria seca da planta. O máximo de acúmulo de fitomassa foi verificado na planta em R5, ao passo que 50% do acúmulo máximo ocorreu entre VT e R1. Concluiu-se que a partição para folhas, colmo e espigas foi máxima respectivamente nos estádios VE, V15 e R5. |