“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13659

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Pedro Augusto Marazzo de Sousa
Orientador WAGNER LUIZ ARAUJO
Outros membros Allan Victor Martins Almeida, Jean Coutinho Oder, Marcelo Gomes Marçal Vieira Vaz
Título O crescimento em Synechococcus elongatus PCC7942 (Cyanobacteria) é modulado por diferentes fontes e concentrações de nitrogênio
Resumo Cianobactérias são microrganismos procariontes que realizam fotossíntese oxigênica. São também capazes de absorver/metabolizar uma gama de compostos de nitrogênio (N), como nitrato, nitrito, amônia, ureia e aminoácidos. Algumas espécies conseguem ainda utilizar o nitrogênio atmosférico (N2), via fixação biológica de nitrogênio. Porém, a fonte e a concentração de N podem afetar diretamente o desenvolvimento desses organismos, causando desde reduções no crescimento até a inibição da diferenciação de heterócitos (células especializadas na fixação de N2) em linhagens heterocitadas. Considerando essas possíveis consequências, este trabalho teve por objetivo avaliar o crescimento da linhagem unicelular não fixadora de N2, Synechococcus elongatus PCC7942, cultivada em meios de cultura contendo diferentes fontes e concentrações de N, sob irradiância de 60 μmol·m-2·s-1, temperatura de 24 ± 2ºC e fotoperíodo de 16:8 h (dia:noite). A linhagem foi inicialmente cultivada em frascos do tipo Erlenmeyer (250 mL) contendo 125 mL de meio padrão (BG-11 – nitrato de sódio 18mM como fonte de N). Após 3 dias, 2 mL de célula foram mantidas nas demais condições de cultivo e transferidos para meios de cultura com diferentes fontes/concentrações de N, sendo: T1: BG-11 (18mM de NaNO3 – controle); T2: BG-110 (sem adição de N); T3: BG-110 + NaNO3 5mM; T4: BG-110 + NaNO3 10mM; T5: BG-110 + NH4Cl 5mM; T6: BG-110 + NH4Cl 10mM; T7: BG-110 + Ureia 5mM; T8: BG-110 + Ureia 10mM; T9: BG-110 + NH4NO3 5mM; T10: BG-110 + NH4NO3 10mM. Considerando-se as curvas de crescimento, não se observaram diferenças entre os tratamentos T1 (controle) e T4. No entanto, T1 apresentou maiores valores de taxa de máxima de crescimento µmáx e tempo de geração (TG) do que T4, respectivamente, 0,0400 e 17,3 h, e 0,0366 e 18,9 h. Os tratamentos nos quais amônia foi a fonte de N (T5, T6, T9 e T10) apresentaram as menores densidades ópticas (DO750nm), menores valores de µmáx e maiores TG, evidenciando uma possível toxicidade da amônia, desencadeada por alterações no pH e no gradiente eletroquímico entre os meios intra e extracelular. De forma interessante, os tratamentos T7 e T8 apresentaram resultados promissores em relação à utilização de ureia como fonte de N, com T7 permitindo crescimento da linhagem similar ao observado no tratamento controle, bem como µmáx de 0,0327 e TG de 21,2 h. Por apresentar baixos custos em relação a outras fontes de N, a ureia possibilitaria o cultivo em larga escala dessa linhagem. Saliente-se que esses resultados são base para a produção de meios de cultura visando a aplicação biotecnológica de cianobactérias, bem como para a seleção e engenharia genética de transformantes capazes de apresentar melhores respostas de crescimento em meios com maior concentração de N, permitindo sua aplicação em ambientes eutrofizados e em tratamento de efluentes.
Palavras-chave Amônia, cianobactéria, nitrato
Forma de apresentação..... Vídeo
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