“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13652

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia química
Setor Departamento de Química
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Laisa Bullerjahn
Orientador REJANE DE CASTRO SANTANA
Outros membros Ana Luisa de Souza Magalhaes
Título Clarificação do óleo de microalga Scenedesmus obliquus BR003 com uso de argila em coluna de adsorção
Resumo Os ácidos graxos extraídos de microalgas são considerados potenciais matérias-primas na produção de biodiesel. A espécie Scenedesmus obliquus pode apresentar um acúmulo de 11% a 55% de lipídios em base seca. Entretanto, o óleo extraído contém pigmentos (clorofilas e carotenoides) que afetam o rendimento da reação de transesterificação e a qualidade do biodiesel produzido. Desta forma, este trabalho teve como objetivo i) avaliar o potencial uso da argila ativada na clarificação do óleo de microalga Scenedesmus obliquus a partir de ensaios de adsorção em leito fixo, alterando as variáveis da operação, como massas de óleo e de adsorvente e volume de hexano; e ii) quantificar o teor de pigmentos no óleo cru e no clarificado. A coluna de adsorção foi construída com uma bureta de vidro, com adição inicial de 0,09g de carvão ativado granulado empregado para evitar entupimentos na válvula de saída da bureta e, posterior adição de argila clarificante Tonsil Terrana, adsorvente do processo. Após a montagem da coluna de adsorção, 5 mL de hexano (fase móvel) foi adicionado na coluna e a válvula de saída mantida fechada por 10 min para que houvesse a estabilização da argila. A válvula de saída foi então aberta, óleo de microalga cru diluído em hexano foi adicionado e então obtido o óleo clarificado na válvula de saída. Após cessar o gotejamento do óleo clarificado , uma nova alíquota de 5 mL de hexano foi inserida na bureta para maximizar a recuperação de óleo clarificado. Nesta operação, variou-se as massas de óleo de microalga (0,4 – 3,0 g), de adsorvente (4,0 – 13 g) e o volume de hexano (15-20 mL). O rendimento da adsorção foi calculado como a relação entre a massa de óleo clarificado e a massa óleo cru adicionada, obtendo-se entre 10,9 % a 60,5% m/m de rendimento. O óleo cru, de coloração verde escura intensa, apresentou concentrações iniciais de carotenoides e clorofilas de 2.34E+5 ± 9.7E+5 e 4161.93 ± 112.4 mg/kg, respectivamente. Após a adsorção, observou-se visualmente uma redução na coloração de todos os óleos clarificados em relação ao óleo cru. Observou-se uma remoção máxima de 99,9% das clorofilas nos ensaios onde obteve-se 52,5 % de eficiência e usou-se argila (13 g), óleo (3 g) e hexano (30 mL). Já no ensaio de adsorção com redução máxima de carotenóides (99,5%), obteve-se 47,5 % de rendimento utilizando argila (4 g), óleo (0,10 g) e hexano (30 mL). As menores remoções de clorofilas e carotenoides ocorreram nos ensaios onde obteve-se 57,1% de rendimento e usou-se argila (9,1), óleo (3 g) e hexano (30 mL), respectivamente, com redução de 97,8% de clorofilas e 90,93 % dos carotenoides. Portanto, a argila clarificante mostrou potencial uso no tratamento do óleo de microalga, com decréscimo significativo nas concentrações de pigmentos.
Palavras-chave leito fixo, pigmentos, biodiesel.
Forma de apresentação..... Painel
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