“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13640

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Física Geral
Setor Departamento de Física
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Paulo Henrique Fonseca Oliveira
Orientador MARCIO SANTOS ROCHA
Outros membros LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA, Ulisses Moreira Silveira Andrade
Título Pinças óticas no estudo de materiais e interações DNA-ligantes
Resumo O pinçamento ótico é uma técnica de manipulação de moléculas únicas, na qual um feixe laser altamente focalizado é utilizado para prender (ou “pinçar”) partículas em um poço de potencial. Tal técnica tem diversas aplicações, tal como no estudo de interações DNA-ligantes, possibilitando obter informações físico-químicas da interação a partir de variação nos parâmetros mecânicos do polímero. Recentemente também foi observado que, ao pinçar micropartículas de Bi2 Te3, um isolante topológico, e de Si, um semicondutor, elas entravam em movimento oscilatório. Neste trabalho buscamos estudar a teoria e prática das pinças óticas, holográficas e magnéticas. Especificamente, analisamos a interação do líquido iônico Cloreto de 1-metilimidazólio com o DNA. A pinça ótica foi montada com um laser (λ=1064nm), um microscópio invertido e duas câmeras CCD. No preparo da solução, as extremidades do DNA foram marcadas com biotina, de modo que ele se ligue à uma microesfera de poliestireno e à superfície de uma lamínula, ambas recobertas com a proteína estreptavidina. O DNA foi deixado em banho térmico numa solução de PBS 150 mM com as microesferas de poliestireno, e posteriormente foi colocado na lamínula para a realização do experimento. As extremidades do DNA se ligaram na lamínula e na microesfera, e esta segunda foi presa no poço de potencial do laser. Deslocando a lamínula com o estágio piezoelétrico, com velocidade de 0,1 μm/s, podemos esticar o DNA e medir a força restauradora que ele realiza. A partir disso, montamos um gráfico de força por extensão. O modelo Marko-Siggia nos permite obter então os comprimentos de persistência (A) e contorno (L), características mecânicas do polímero: o primeiro nos dá ideia da rigidez, enquanto o segundo é relacionado ao comprimento. Ressaltamos que trabalhamos no regime entrópico, onde o modelo citado se aplica, pois as forças envolvidas não alteram a estrutura do DNA, mas somente sua conformação. Repetimos o procedimento anterior para diferentes concentrações, sendo cinco medidas para cada alíquota. Concluímos que ocorreram variações nos comprimentos de contorno e persistência do DNA, evidenciando que o líquido iônico Cloreto de 1-metilimidazólio interage com o mesmo. Temos a perspectiva de fazer medidas da interação apresentada com a pinça magnética, a fim de melhor caracterizá-la, e futuramente publicar os resultados obtidos. Devido à pandemia provocada pelo SARS-Cov2, não foi possível continuar experimentalmente os estudos das demais técnicas de manipulação de moléculas únicas presentes no Laboratório de Física Biológica, tais como as pinças magnética e holográfica.
Palavras-chave Pinças óticas, DNA, física biológica
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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