“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13612

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabela Pereira da Silva Bento
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Claudia Ferreira Souza, Luiz Carlos Maia Ladeira, Luiz Otávio Guimarães Ervilha, Renner Philipe Rodrigues Carvalho
Título A infusão de Camellia sinensis (chá verde) protege a histoarquitetura epididimária de jovens ratos Wistar diabéticos
Resumo A diabetes mellitus é uma doença crônica que atinge 8,8% da população mundial. O quadro de hiperglicemia pode resultar em alterações metabólicas em machos, com redução da concentração sérica de testosterona que leva ao comprometimento das funções de órgãos andrógenos-dependentes, como o epidídimo, e da fertilidade. Geralmente, o tratamento da diabetes envolve uso de insulina e mudanças de hábitos. Mesmo assim, pesquisas têm buscado tratamentos complementares como o consumo da infusão de Camellia sinensis (chá verde), rica em catequinas que possui grande potencial antioxidante. Neste contexto, o nosso objetivo foi avaliar se a ingestão da infusão de chá verde pode proteger a arquitetura tecidual epididimária de possíveis danos causados pelo quadro hiperglicêmico. Foram usados 18 ratos Wistar machos com 30 dias de idade. Seis animais hígidos compuseram o grupo controle negativo (CN), que recebeu dose diária de 0,6 mL de água por gavagem. Os outros 12 animais tiveram a diabetes induzida por injeção de estreptozotocina (60 mg/kg/ i.p), e foram divididos em grupo Controle diabetes (CD), recebendo água como o grupo CN, e o grupo Diabetes + Chá Verde (DCV), recebendo dose diária 100 mg/kg/pc de infusão de chá verde diluída em 0,6 mL de água por gavagem. Após 42 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados (CEUA n 53/2018) e seus epidídimos dissecados e fixados em solução Karnovsky por 24 horas. Após a fixação, o órgão foi dividido em segmento inicial, cabeça, corpo e cauda e incluído em 2-hidroxietil metacrilato. Cortes histológicos de 3µm foram obtidos, corados com azul de toluidina/borato de sódio (1%) e destinados às análises morfométricas para determinar a proporção de componentes do tecido epididimário. Os resultados foram submetidos ao teste-t de Student, usando o programa GraphPad Prism 7.0, sendo o resultado significativo quando P ≤ 0,05. No segmento inicial, a proporção de lúmen com espermatozoides foi menor nos animais CD em comparação aos animais CN e DCV (CD: 8,00 ± 4,14; CN: 19,16 ± 0,99; DCV: 16,77 ± 1,32; P < 0,05). Na mesma região, a proporção de tecido conjuntivo foi menor nos animais CD em comparação aos animais CN (CD: 32,22 ± 3,37; CN: 37,65 ± 2,72; P < 0,05). Na cabeça, a proporção de lúmen com espermatozoides foi menor nos animais CD, em comparação aos animais CN e DCV (CD: 42,51 ± 1,41; CN: 53,82 ± 5,00; DCV: 47,74 ± 1,72; P < 0,05). Na mesma região, a proporção de tecido conjuntivo foi maior nos animais CD que os do grupo CN (CD: 12,98 ± 2,64; CN: 9,23 ± 4,01; P < 0,05). No corpo, a proporção de lúmen sem espermatozoide aumentou nos animais CD em comparação aos CN (CD: 5,19 ± 2,56; CN: 0,40 ± 0,89; P < 0,05). Na cauda, a proporção de lúmen com espermatozoides foi menor no grupo CD que os grupos CN e DCV (CD: 39,93 ± 3,73; CN: 57,12 ± 1,04; DCV: 50,53 ± 2,83; P < 0,05). Concluímos que a infusão do chá verde foi capaz de proteger o epidídimo de alterações morfométricas causadas pelo diabetes.
Palavras-chave Epidídimo, Chá Verde, Diabetes
Forma de apresentação..... Vídeo
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