“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13603

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Jessiele Barbosa Costa
Orientador ANTONIO FERNANDES DE CARVALHO
Outros membros Luis Gustavo Lima Nascimento, Marcela Lima de Brito, Naaman Francisco Nogueira Silva
Título HIDROGÉIS de caseína micelar reticulada para carreamento e liberação controlada de extrato de jabuticaba
Resumo A jabuticaba é um fruto com altos teores de polifenóis e antocianinas, compostos que possuem atributos de saudabilidade, porém, sensíveis a luz, oxigênio, temperatura e variações de pH, o que limita a sua aplicação na indústria de alimentos e farmacológica. Uma maneira de aumentar a estabilidade das antocianinas é por meio do encapsulamento em matrizes proteicas. Uma matriz a base de caseína micelar (CMs) é interessante, pois se trata de uma proteína que possui capacidade de carreamento eficiente, baixo custo, facilidade de obtenção e classificada como GRAS. Com essa proteína é possível promover a formação de um hidrogel (HG) através da diminuição do pH do sistema. Esse HG tem o potencial de encapsular diversos compostos bioativos em sua matriz polimérica, bem como controlar sua liberação. Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar a utilização de HG de caseínas reticuladas pela enzima transglutaminase (Tgase) na aplicação como carreadores de antocianinas do extrato de jabuticaba (JE) e avaliar o perfil de liberação em diferentes pHs. Foram utilizados CMs obtidas através de microfiltração do leite seguido de secagem por spray dryer, extrato de jabuticaba (Myrciaria cauliflora), Tgase e glucono-δ- lactona (GDL). Inicialmente as CMs foram reidratadas a 4,5% (m/m) e divididas em quatro suspensões: A (somente as CMs), B (CMs e 3 u/g de Tgase), C (CMs e 2% de JE) e D (CMs, 3 u/g de Tgase e 2% de JE). As suspensões foram acidificadas usando 2% de GDL até a formação do HG à pH 4,5. A morfologia dos HG foi analisada por microscopia confocal (MC) e foi determinado o tamanho dos poros por correlação 2D das imagens obtidas. O perfil de liberação de antocianinas em cada amostra foi determinado em pHs próximos aos encontrados no estomago (pH 2,0) e no intestino humano (pH 7,0). Os dados foram processados utilizando analise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (p < 0,05). Pela MC observou-se que os HG adicionados de Tgase apresentaram estrutura mais densa e compacta quando comparados aos sem a enzima. Reforçando a analise visual observou-se numericamente pela correlação 2D que o tamanho médio dos poros das amostras adicionadas da enzima foi menor, 0,63 ± 0,02 μm para amostra B e 0,68 ± 0,01 μm para amostra D, que os das sem adição, 1,40 ± 0,14 μm para amostra A e 1,72 ± 0,12 μm para amostra C. Observou-se ainda que quando a enzima estava presente no HG, a adição de JE não afetou o tamanho dos poros, já nos HG sem a enzima a adição de JE resultou em aumento significativo dos poros. Ao analisar o perfil de liberação observou-se que a taxa de liberação de antocianinas foi mais lenta nas amostras reticuladas que nas amostras sem a enzima, a menor taxa de liberação foi observada em pH 2,0 e a maior em pH 7,0. Este estudo, mostrou que os HG de caseína micelar reticulada com Tgase podem ser usados como carreadores de compostos bioativos como o JE e são capazes de promover a sua liberação em resposta a diferentes condições de pH e níveis de reticulação.
Palavras-chave micelas de caseína, transglutaminase, extrato de jabuticaba
Forma de apresentação..... Vídeo
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