“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13601

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Juliano Mendonça Rodrigues
Orientador HUMBERTO JOSUE DE OLIVEIRA RAMOS
Outros membros LEANDRO GRASSI DE FREITAS, MARIA GORETI DE ALMEIDA OLIVEIRA, SAMUEL CORDEIRO VITOR MARTINS
Título CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA DE VARIEDADES CONTRASTANTES DE SOJA PARA TOLERÂNCIA À SECA EM RESPOSTA À INTERAÇÃO COM Pochonia chlamydosporia
Resumo O cultivo da soja é um dos mais importantes atualmente e sua expansão e aumento de produtividade têm sido reduzidas por estresses ambientais. O fungo P. chlamydosporia é conhecido e estudado pela ação predatória em ovos de nematoides, e estudos indicam que a colonização da rizosfera pode promover o crescimento em plantas. Assim, a presença de P. chlamydosporia poderia trazer benefícios à soja em condições de estresse por déficit hídrico. Neste trabalho, buscou-se constatar se a presença de P. chlamydosporia na rizosfera pode conferir à soja aumento na tolerância à seca em condições de déficit hídrico. Foram utilizadas duas variedades [Embrapa 48 (E48) e BR16] em um experimento fatorial 2x2x2: dois tratamentos bióticos (com fungo, F e sem, NF) e dois tratamentos abióticos (irrigado, I e não irrigado, NI). Foram observados os seguintes parâmetros: potencial hídrico foliar (ψw) em função do tempo, monitorado por bomba Scholander; taxa de crescimento absoluto (g), equação: g=(variação da altura durante o estresse hídrico)/(intervalo de tempo do estresse); teor relativo de água na folha (RWC); trocas gasosas, monitoradas por IRGA. A análise estatística foi realizada utilizando o programa JMP. Ao se analisar a curva de desidratação, plantas E48 NI apresentaram defasagem no ψw de um dia com relação a plantas BR16 NI, para ambos os tratamentos F e NF, para atingir ψw = -1,5 Mpa, indicando a tolerância de E48 ao déficit hídrico. O ψw em plantas F NI apresentou defasagem de +0,2 Mpa em relação a NF NI para BR16 e de 1 dia para Embrapa 48 para atingir -1.5 Mpa. Portanto, o fungo promoveu um atraso na queda do potencial hídrico no vegetal. Houve diferença nos valores de taxa de assimilação de CO2 (A), transpiração foliar (E) e condutância estomática (gs) entre plantas I e NI, mas não entre plantas F e NF; houve diferença nos valores de eficiência fotossintética (A/Ci) e eficiência no uso da água (A/E) em plantas BR16 F NI e BR16 NF NI. Houve redução do RWC em plantas NI, sendo a perda de água menor em plantas F NI; a perda foi menor para plantas E48 que BR16. Os valores de g foram maiores para plantas F I que em NF I, sendo maiores para BR16; a presença do fungo não alterou g em plantas NI. Em plantas F NI, comparando com NF NI, a não alteração de gs e os níveis maiores de A/Ci e A/E em BR16 pode indicar que um evento não relacionado com a abertura estomática auxiliou no aumento da tolerância. Um mecanismo possível pode ser o aumento do poder de absorção de água do solo pela cooperação entre a raiz do vegetal e as hifas do fungo, o que favorece a manutenção do turgor foliar e do uso eficiente da água na fotossíntese e outras vias metabólicas. A presença do fungo na rizosfera pode conferir à planta a capacidade mitigar a perda de água nos tecidos sob condições de seca. Os dados de ψw, RWC e trocas gasosas indicam que plantas contendo o fungo em suas raízes podem manter o equilíbrio hídrico e o turgor nos tecidos vegetais, garantindo maior tolerância à seca.
Palavras-chave soja, Pochonia chlamydosporia, estresse abiótico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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