“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13600

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabriel Coutinho Silveira
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros Bianca Amorim Gomide, FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Hellen Magela Barreto, Rebecca Anne Arrant
Título Retalho axial epigástrico superficial caudal para correção de exérese de mastocitoma cutâneo em fêmea canina
Resumo As cirurgias reconstrutivas representam um conjunto de técnicas cirúrgicas no qual é possível a correção de defeitos teciduais que não são passiveis de fechamento primário. Os retalhos de padrão axial incluem artérias e veias cutâneas diretas e devem respeitar a relação base/comprimento entre 1:3, 2:6, 3:9, proporcionando a transferência segura de amplos segmentos cutâneos. O retalho axial epigástrico superficial caudal contém a artéria e a veia epigástrica caudal e é utilizado para o fechamento de grandes defeitos que envolvam abdômen caudal, flanco, prepúcio, períneo e membros pélvicos, podendo-se estender até a articulação tíbio-társica em cães longilíneos e com membros pélvicos curtos. Em cirurgias oncológicas, muitas vezes é necessário a realização da ressecção tumoral respeitando as margens de segurança de 3cm nas laterais e a ressecção de um plano profundo, criando assim, grandes defeitos. Objetiva-se relatar o caso de uma paciente canina de onze anos, da raça Teckel, atendida com mastocitoma cutâneo grau III, de 7cm de diâmetro em topografia craniomedial da articulação femurotibiopatelar direita. Foi realizada ressecção de nódulo respeitando as margens de segurança laterais e profundas, causando um defeito circular de aproximadamente 10cm de diâmetro, o que impossibilitou o fechamento primário. Optou-se então, pela técnica do retalho de padrão axial epigástrico superficial caudal, realizando duas incisões paralelas, uma medial e uma lateral à cadeia mamária direita, iniciando imediatamente cranial à glândula mamária abdominal cranial até imediatamente caudal à inguinal. As incisões foram unidas por uma terceira incisão na porção cranial das glândulas. Após a divulsão das aponeuroses do músculo abdominal externo, preservando a veia e artéria epigástrica caudal, o retalho foi rotacionado à 180º e implantado no local do defeito. O tecido subcutâneo foi reduzido com a técnica de walking suture com fio de poliglecaprone 3-0, seguido de dermorrafia com sutura intradérmica em zigue-zague utilizando poliglecaprone 3-0, e a segunda com padrão simples interrompido com nylon 3-0. Após dez dias de acompanhamento pós-operatório o animal não apresentou deiscência da sutura e recidiva tumoral, sendo encaminhado para quimioterapia apropriada para tratamento tumoral. Ressalta-se que para realização da reconstrução de um defeito cirúrgico devem ser considerados os vários tipos de retalhos disponíveis, avaliando a tensão e a elasticidade da pele do local, para escolher a melhor opção para cada caso. Sendo assim, o retalho axial epigástrico caudal é uma das técnicas reconstrutivas que pode auxiliar o cirurgião para correção de defeitos em membros pélvicos e pode ser facilmente empregada com devido planejamento cirúrgico e conhecimento anatômico.
Palavras-chave Cirurgia reconstrutiva, neoplasia cutânea, retalho axial
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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