Resumo |
Introdução: A cicatrização é um processo de restauração tissular gerado após uma lesão e envolve diferentes fases e fenômenos fisiológicos. Existem alguns relatos na literatura sobre os benefícios de diferentes fitoterápicos em várias fases do processo cicatricial, atuando positivamente na reepitelização, formação de tecido de granulação e maturação do colágeno. A Strychnos pseudoquina St. Hil., conhecida popularmente como “quina- quina” ou “quina do cerrado” é pertencente à família Loganiaceae, as cascas e folhas desta planta têm sido utilizadas como antipiréticos, antimaláricos e principalmente no tratamento de desordens do sistema gastrointestinal. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar fibras colágenas e elásticas da matriz extracelular em feridas cutâneas de segunda intenção em ratos Wistar, tratados com extrato de Strychnos Pseudoquina. Materiais e Métodos: Para a execução do experimento, foram utilizados 30 ratos Wistar machos com peso médio de 320g e dez semanas de vida. Em cada animal foram produzidas três feridas circulares com diâmetro de 12 mm por intenção secundária. Os animais foram devidamente anestesiados para a realização das feridas. Posteriormente, grupos de animais foram separados igualmente em 5 tratamentos diários: Sal, solução salina; VO, veículo de pomada (lanolina e vaselina); SS, controle positivo (sulfadiazina de prata a 1%); LE 5, extrato liofilizado a 5%; e LE 10, extrato liofilizado a 10%. Os animais foram submetidos a estes tratamentos durante 21 dias e amostras de tecidos foram retiradas a cada sete dias para avaliação. Resultados: As análises evidenciaram que a proporção de fibras colágenas tipo I foi maior com 5 e 10% de extrato de S. pseudoquina durante todo o período experimental. No entanto, no dia 14, o SS também foi maior do que os grupos controle. No dia 7, a proporção de colágeno tipo III foi maior nos tratamentos SS, LE5 e LE10 do que nos controles; e, no dia 14, foi maior com extrato de S. pseudoquina do que com outros tratamentos. Conclusão: Nossos resultados indicam que o extrato de S. pseudoquina tem potencial para modular componentes da matriz extracelular, estimulando a produção de colágeno e de fibras elásticas, auxiliando na cura de feridas cutâneas em ratos sete, 14 e 21 dias após a lesão. |