“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13539

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor João Antonio Coutinho Valadão
Orientador NILDA DE FATIMA FERREIRA SOARES
Outros membros Clara Suprani Marques, PAULO CESAR STRINGHETA, Rafael Resende Assis Silva, Samiris Côcco Teixeira
Título Desenvolvimento de sensores poliméricos biodegradáveis para detecção de amônia volátil em peixes
Resumo Em um relatório recente da organização mundial da saúde (OMS) foi estimado que 420 a 960 milhões de doenças foram transmitidas por alimentos e 420.000 mortes ocorreram apenas no ano de 2010. Os alimentos que mais acometem doenças aos seres humanos são de origem animal, como pescados, uma vez que apresentam valores de pH próximo a neutralidade, elevada atividade de água, elevado teor de nutrientes e carga inicial microbiana. Devido a isto, a OMS incentiva estratégias para a reduzir os riscos associados as doenças transmitidas por alimentos e dentre as abordagens está incluída o desenvolvimento de tecnologias como sensores. Neste contexto, objetivou-se desenvolver sensores poliméricos biodegradáveis para detecção de amônia volátil em produtos cárneos sob degradação, melhorar a sensibilidade de detecção e avaliar a aplicação em peixes tipo Lambari. Os sensores foram produzidos pelo método casting com a dispersão de 4 g de metilcelulose (MC), 20 % (m/m) de glicerol e 4 mL de extrato etanoico de açaí (EEA) em 200 mL de água milli-Q. Para aumentar a sensibilidade de detecção foi realizado o mesmo procedimento supracitado, porém com adição de 500 mM de força iônica de CaCl2. A suspensão foi vertida em placas de vidro e mantida em câmara climática a 23 ºC e 55 %UR por 72 horas. Os filmes foram caracterizados por infravermelho médio com transformada de Fourier (FTIR) e análise termogravimétrica (TGA). A capacidade de detecção do sensor ao vapor de amônia foi avaliada in vitro com uso de solução de cloreto de amônia ao longo de 30 minutos. A aplicação dos sensores foi realizada para o acompanhamento da degradação de peixes tipo Lambari ao longo de 2 dias na temperatura de 25 ºC. A análise de FTIR comprovou a presença do EEA por meio do aumento na intensidade dos picos de deformação da hidroxila em 3382 cm-1. A adição de CaCl2 provocou o ganho de intensidade do pico de deformação da água em 1646 cm-1, o que indica que este sal promove a retenção de água nas cadeias da MC. Enquanto, a confirmação da presença de MC ocorreu pelo pico em 1060 cm-1 referente ao estiramento de éter. Na análise de TGA foi comprovada a ação plastificante do CaCl2, uma vez que a temperatura de degradação da MC foi reduzida em 148 ºC. O sensor apresentou detecção ao vapor de amônia e, como resposta, modificou a cor inicial do rosa para azul ou verde. O tempo de detecção visual da alteração colorimétrica por um observador não treinado foi de 15 minutos no sensor controle e 5 minutos no sensor com CaCl2. A aplicação do sensor para acompanhamento da degradação de peixes tipo Lambari mostrou que um consumidor não treinado pode verificar diferença total de cor (ΔE) após 12 horas do início da degradação para o sensor otimizado e 24 horas para o controle. Conclui-se que foi desenvolvido e caracterizado um sensor biodegradável para detecção de amônia volátil com otimização da percepção de alteração colorimétrica em menos de 5 minutos em ensaios in vitro e 12 horas para aplicação em peixes.
Palavras-chave Sensores, Polímero biodegradáveis, Segurança alimentar
Forma de apresentação..... Vídeo
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