“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13519

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Marcel Severino da Silva Lucindo
Orientador SERGIO OLIVEIRA DE PAULA
Outros membros ANA FLÁVIA COSTA DA SILVEIRA OLIVEIRA, João Vitor Da Silva Rodrigues, Luciana de Souza Fernandes, ROBSON RICARDO TEIXEIRA
Título Avaliação do potencial efeito antiviral de compostos derivados das indan-1,3-dionas contra os vírus Dengue e Zika
Resumo Os vírus da família Flaviridae representam um dos principais problemas de saúde pública no Brasil atualmente devido a variedade de doenças causadas por estes e pelo fato de seu vetor Aedes egypti, adaptado ao meio urbano, propagar a maioria delas. Os flavivírus Dengue do sorotipo 2 (DENV-2) e Zika (ZIKV) são o foco deste estudo devido a grande probabilidade de complicações associadas a sua infecção, levando a quadros de febre hemorrágica da dengue e microcefalia congênita, respectivamente. Como a grande maioria das arboviroses, ainda não existem vacinas nem tratamentos específicos para estas doenças, apenas medidas paliativas estão disponíveis. O grupo dos compostos derivados das indan-1,3-dionas já demonstraram boa atividade antiviral. Estudos evidenciaram suas propriedades antivirais, antimicrobrianas, antitumorais, demonstrando sua eficiência no combate ao Alzheimer, HIV-1 e HPV. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar as propriedades antivirais dessa classe de compostos contra DENV-2 e ZIKV. Foram realizados ensaios in vitro com células Vero em cultura. Com base em estudos prévios, os compostos 10 e 12 foram selecionados, por já apresentarem atividade antiviral contra o vírus West Nile (WNV). Por meio do ensaio do MTT, os valores de citotoxicidade (CC50) obtidos para os compostos 10 e 12 foram 89,72 µM e 267,60 µM, respectivamente. A concentração efetiva que reduziu 50% da atividade viral (EC50) foi determinada para cada composto, utilizando tanto DENV-2 quanto ZIKV. Quando testado em DENV-2, o composto 10 teve um EC50 igual a 39,19 µM, e o composto 12 obteve um EC50 igual a 20,40 µM . Já para testes com ZIKV, os compostos 10 e 12 obtiveram valores de EC50 iguais a 62,78 µM e 18,30 µM , respectivamente. Por fim, através da razão de CC50 sobre EC50, obteve-se o índice de seletividade (IS), que demonstra a eficiência antiviral de uma molécula contra um vírus sem causar grandes prejuízos à célula. Nos ensaios utilizando DENV-2, os compostos 10 e 12 obtiveram IS iguais a 2 e 13, respectivamente. Já para testes com ZIKV, 10 e 12 obtiveram IS iguais a 1 e 15, respectivamente. Portanto, constatou-se que o composto 12 apresentava valores maiores de IS que o composto 10, para ambos os vírus. Para averiguar os possíveis mecanismos de ação envolvidos na atividade antiviral dos compostos, foram realizados os testes de pré e pós-tratamento. O tratamento com 10 e 12 não causou diferenças significativas na atividade viral em relação ao controle tanto para DENV-2 quanto para ZIKV. Deste modo, é possível que os compostos possam atuar diretamento sobre a partícula viral e não sobre a célula hospedeira. Porém, testes mais específicos são necessários para determinar os mecanismos associados ao efeito antiviral. Devido ao seu valor de IS mais elevado, o composto 12 apresenta-se como um bom candidato para tais futuros testes.
Palavras-chave Dengue, Zika, Antivirais
Forma de apresentação..... Painel
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