ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Extensão |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Economia |
Setor | Departamento de Economia Rural |
Bolsa | Outros |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | Outros |
Primeiro autor | Nayara Lopes de Castro |
Orientador | ALAIR FERREIRA DE FREITAS |
Outros membros | Liliam Telles |
Título | Cadernetas Agroecológicas: Uma tecnologia social para empoderamento de mulheres agricultoras |
Resumo | A desigualdade de gênero é uma característica da nossa civilização. A história da agricultura revela o papel acessório imposto às mulheres, associadas ao ambiente doméstico. A densidade da vida econômica e do trabalho cotidiano das mulheres agricultoras é invisibilizado porque boa parte das transações não são monetizadas ou racionalmente calculadas para inserção em mercados formais. Diante deste contexto, objetivo desse projeto foi implementar a Caderneta Agroecológica com mulheres agricultoras rurais e urbanas, promovendo seu empoderamento e autonomia econômica no município de Viçosa/MG. Trata-se de uma tecnologia social, formatada como um caderno em espiral, que pode ser pendurado em lugar de fácil acesso para garantir a agilidade na anotação de informações sobre a produção das mulheres. Cada página está organizada em quatro colunas: consumo, doação, troca e venda. Nessas colunas são anotadas diariamente as informações referentes ao tipo de produto, à quantidade e o seu valor monetário, mas captando não apenas o que é vendido. O projeto foi realizado em 3 comunidades rurais e envolveu diretamente 26 mulheres agricultoras. Como processo metodológico, foram realizadas reuniões para mobilização, apresentação das Cadernetas e aplicação de questionário de perfil, oficinas técnicas sobre produção sustentável e processamento de alimentos, visitas técnicas e intercâmbios com as mulheres, além das reuniões períodicas de monitoramento das anotações e devolutivas, apresentando a movimentação econômica cotidiana a elas e refletindo sobre isso. Portanto, além do registro da vida econômica das mulheres, mediado pelas cadernetas, o projeto induz um processo sociopolítico de formação e interação, que vai da problematização da realidade das mulheres agricultoras à organização de suas atividades produtivas e a geração de renda. A experiência desse projeto tem demonstrado que o ato de anotar nas Cadernetas estimula as agricultoras a incrementarem sua produção, ampliar a diversidade de produtos para o autoconsumo e incorporar novas práticas de produção saudáveis, além da inclusão das agricultoras em circuitos curtos de comercialização, como as feiras, as compras públicas de alimentos e mercados locais. Mas, para além disso, o uso dessa tecnologia social possibilitou às próprias agricultoras sistematizarem seu trabalho e compreenderem sua contribuição para a economia familiar e comunitária. A metodologia interativa tem contribuído para ampliar a rede de apoio das mulheres, integrando-as entre si, mas conectando-as com atores públicos e organizações da sociedade civil. Conclui-se que as mulheres agricultoras possuem uma densa vida econômica e são cruciais para a segurança e a soberania alimentar e, sobretudo, para a reprodução social das famílias no meio rural, sendo protagonistas da economia da agricultura familiar. Agradecimentos: CNPq e Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata Mineira (CTA-ZM) |
Palavras-chave | Mulheres, agroecologia, Gênero |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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