Resumo |
Atualmente no Brasil o mercado off road é marcado pela disputa de grandes marcas consolidadas do segmento que possuem a centralização das vendas de veículos e coordenam a difusão off road no país. Logo, faz-se necessário a realização de um estudo que considere a implementação de um empreendimento no ramo e a avaliação do sucesso econômico do mesmo em tal cenário. O trabalho objetivou a análise da viabilidade de implementação de uma fábrica para produção de veículos off-road do tipo Baja na cidade de Jundiaí-SP. Os veículos Baja são classificados como veículos com alta capacidade de transpor obstáculos em diferentes tipos de estrada, ou seja, apresentam bom desempenho em terrenos acidentados, possuindo capacidade de transportar apenas um adulto. Sua segurança é garantida pela SAE - Society of Automotive Engineers. Quanto às conformidades técnicas do veículo Baja, este possui quatro rodas e a estrutura é feita de aços tubulares com suspensão descoberta. O motor usado nesta categoria de veículos é do tipo Briggs & Stratton. Ademais, a cidade de Jundiaí, localizada no estado de São Paulo, possui incentivos fiscais para empresas, além disso, possui importantes excedentes agrícolas. Os dados para a realização do estudo foram fornecidos pela Equipe UFVBaja, projeto de extensão da Universidade Federal de Viçosa. Buscando-se atingir o mercado de veículos off road em 2% ao ano, totalizando 620 unidades vendidas no primeiro ano, definiu-se o preço de venda através do cálculo de Mark-up, resultando em um valor de R$ 35.395,00 cada unidade. Com isto, foi possível definir os investimentos iniciais para a implementação da fábrica, as receitas, custos fixos e variáveis. No ano zero, inicio do empreendimento a empresa teria um gasto com investimento inicial de R$ R$ 862.045,04, incluindo maquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas. Os custos variáveis, considerando matéria prima e serviços, totalizam R$ 14.329.146,43; R$ 15.618.769,61; R$ 17.024.458,87; R$ 18.556.660,17 e R$ 20.226.759,59 em relação ao ano 1, ano 2, ano 3, ano 4 e ano 5, respectivamente. Para os custos fixos, como aluguel, água, energia elétrica, custos administrativos, salários e encargos, foram obtidos um total de gastos em R$ 20.226.759,59 para o primeiro ano; R$ 1.254.879,73 para o segundo ano; R$ 1.371.184,98 ao terceiro ano; R$ 1.474.643,78 ao quarto ano e R$ 1.635.936,41 para o último ano. Com esses dados, foi possível realizar um fluxo de caixa com uma projeção de cinco anos, a fim de coletar os indicadores financeiros (VPL, TIR e Payback) e realizar uma interpretação a cerca do investimento como viável ou não. Em suma, para uma taxa mínima de atratividade em 14,9% a.a, obteve-se um VPL em R$ 948.555,22, mostrando que a implantação é um negócio viável, mais ainda obteve-se uma TIR em 19% reforçando um resultado satisfatório, quanto ao Payback que resultou-se em 4 anos 5 meses e 8 dias, é considerado um valor alto, contudo é justificado pelo negócio com alto valor agregado. |