“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13505

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Marina Efigenia Gonçalves
Orientador JOAO PAULO DE SOUZA
Outros membros Geane Cristina Eugênio Viegas, Nayara Magry Jesus Melo
Título O aumento da concentração de CO2 e a partição de água no solo alteram o crescimento e o fluxo de seiva nas raízes de Hymenaea stigonocarpa
Resumo O aumento da concentração de dióxido de carbono [CO2] na atmosfera promove alterações no crescimento e desenvolvimento das plantas, assim como nas interações que elas estabelecem com outras espécies. O cerrado possui uma grande diversidade de plantas, e cada uma delas desenvolveu, ao longo da evolução, estratégias diferentes para se adaptar a sazonalidade climática, característica do cerrado. Dentre as estratégias para o suprimento de água, destaca-se a redistribuição hidráulica, mecanismo pelo qual as raízes extraem água das camadas mais úmidas do solo e a distribuem para as mais secas. O objetivo do presente estudo foi o de verificar a existência de redistribuição hidráulica nas raízes de Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne (Fabaceae), uma planta lenhosa endêmica do cerrado, e determinar a influência da elevada [CO2] e irrigação em diferentes perfis do solo neste processo de redistribuição de água no solo. Em adição, foi investigado como a [CO2] e irrigação afetam o crescimento vegetativo e o padrão de alocação de biomassa nas raízes, caules e folhas desta espécie. Com esse intuito, 57 indivíduos de H. stigonocarpa foram plantados em um sistema com dois vasos, um acima do outro, sendo que o vaso de cima teve seu fundo cortado para que as raízes pudessem passar para os vasos de baixo. Quando as plantas de H. stigonocarpa estavam com 638 dias de idade foram divididas em seis câmaras de topo aberto, três em elevada [CO2] e três em [CO2] ambiente. Após 138 dias de enriquecimento com CO2 foi iniciado a suspensão de rega em metade dos indivíduos nos vasos de cima (molhados apenas no vaso de baixo), enquanto que os outros continuaram a ser irrigados normalmente (nos vasos de cima). O fluxo de seiva foi monitorado por dois dias nas raízes de 16 indivíduos de H. stigonocarpa, 4 indivíduos em cada tratamento, usando um medidor de fluxo de seiva pelo método da razão de calor, para avaliar a existência de redistribuição hidráulica. Os indivíduos de H. stigonocarpa crescendo em [CO2] ambiente apresentaram maiores valores (p<0,05) de velocidade do fluxo de seiva entre as 9:00 e 18:00 horas. Este resultado sugere que os indivíduos de H. stigonocarpa crescendo em elevada [CO2] foram mais eficientes na utilização da água no solo. Houve redistribuição hidráulica pela planta, evidenciado pelo fluxo noturno negativo, mas não houve diferença para esta redistribuição entre os tratamentos. Independente da [CO2] os indivíduos irrigados nos vasos de cima apresentaram maior fluxo de seiva que aqueles irrigados somente nos vasos de baixo, o que pode ter influenciado no crescimento da parte aérea, visto que indivíduos de H. stigonocarpa, independente da [CO2], quando irrigados nos vasos de cima apresentaram maior comprimento e massa seca do caule. A maior eficiência no uso da água pelas plantas crescendo em [CO2] elevada pode resultar em maior quantidade de água no solo, podendo beneficiar outras espécies, ou mesmo estender o período de crescimento de H. stigonocarpa.
Palavras-chave Cerrado, mudanças climáticas, redistribuição hidráulica.
Forma de apresentação..... Painel
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