Resumo |
O Brasil é um dos principais países agrícolas, tanto em quantidade de produção como em variedades de produtos cultivados. Devido suas características agrícolas e número de safras ao longo do ano, o País é um dos maiores consumidores de defensivos agrícolas do mundo. Como modo de avaliar, e obter dados e informações acerca do uso e distribuição dos defensivos, dentre outros parâmetros e características do meio rural, surge o CENSO AGRO, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que levanta informações sobre estabelecimentos agropecuários e as atividades desenvolvidas. Objetivou-se, portanto, analisar e discutir os dados do Censo Agro 2017 relativos ao uso de defensivos dentro das grandes regiões brasileiras. Assim, será apresentando a realidade do uso de defensivos ao longo das regiões do Brasil e um panorama destes dados, apresentando relações e justificativas para os dados apresentados, de forma a tornar possível o entendimento e o debate do uso de defensivos, voltado para a necessidade e realidade dos estabelecimentos agrícolas. Em posse dos dados e tabelas disponibilizados pelo IBGE foi realizada uma análise e, baseado em referências e literaturas, foi feita uma discussão acerca das informações obtidas relacionando o uso de defensivos com diferentes parâmetros, como agricultura familiar, condição do produtor em relação a terra, se ele recebe ou não algum tipo de assistência técnica, área de lavoura e se ele faz parte ou não de alguma cooperativa ou entidade de classe, que foram determinados a partir de um grau de importância e relevância ao tema, avaliando assim a heterogeneidade do consumo de defensivos ao longos das regiões do Brasil. Conclui-se que a região Sul é a região que, proporcionalmente, faz mais uso de defensivos, devido também as suas características climáticas, culturas que são cultivadas, quantidade de produção, entre outras; Foi possível concluir que a agricultura familiar representa uma menor porcentagem de agricultores que fazem uso de defensivos agrícolas, porém o uso destes produtos não é uma exclusividade de grandes proprietários, sendo em muitos casos uma necessidade para o produto. O trabalho mostrou que arrendatários e parceiros são a classe de produtores que mais utilizam defensivos, devido principalmente, a desvinculação do arrendatário com a terra, e talvez devido a necessidade de se obter um retorno dentro do tempo de contrato; e que a maiorias dos produtores que fazem uso de defensivos em suas áreas não possuem nenhum tipo de assistência técnica. |