“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13489

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PET
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Giovanna Lyssa Lacerda Costa
Orientador LEDA RITA DANTONINO FARONI
Outros membros Artur Oliveira Abreu, João Víctor Felicio Nogueira, Marcus Vinícius de Assis Silva
Título Saturação de grãos de feijão comum com gás ozônio
Resumo O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa rica em proteínas e muito presente na alimentação humana. Durante o armazenamento, os grãos de feijão são vulneráveis ao ataque de insetos-praga, como Zabrotes subfasciatus. Este inseto-praga pode provocar perdas qualitativas e quantitativas dos grãos. A busca por alternativas seguras para reduzir as perdas na pós-colheita causadas pelo Z. subfasciatus tem sido alvo de muitas pesquisas. Uma das alternativas que vem sendo estudadas é o emprego do gás ozônio (O3) como fumigante. O objetivo deste trabalho foi: (i) determinar o tempo de saturação do gás O3 em grãos de feijão comum; (ii) o período de exposição necessário para o controle dos insetos adultos de Z. subfasciatus; e (iii) determinar o tempo de cocção e teor de água dos grãos após exposição ao gás ozônio. Para determinar o tempo de saturação, uma amostra de 3,0 kg de grãos de feijão comum com 14,9% b.u foi exposta ao gás ozônio em um protótipo cilíndrico de PVC, com 0,3 m de altura e 0,20 m de diâmetro. Acima do ponto de injeção havia uma tela metálica na altura de 0,10 m para sustentar a massa de grãos e distribuir o gás de forma homogenia. O gás ozônio foi injetado na concentração de 2400 µg L-1 e na vazão de 0,5 L min-1. Para o controle foi utilizado oxigênio injetado nas mesmas condições de aplicação do gás O3. O tempo de saturação dos grãos de feijão pelo ozônio foi determinado pela medida da concentração residual do gás ozônio, utilizando o método iodométrico. A massa de grãos atingiu o estado de saturação no instante em que a concentração do ozônio permaneceu constante. Para determinar a mortalidade dos insetos, gaiolas com quarenta insetos adultos de Z. subfasciatus foram inseridas na massa de grãos. As gaiolas eram de armação em PVC e revestidas com tecido do tipo organza para permitir a passagem de gás ozônio. A porcentagem de mortalidade dos insetos foi contabilizada 24 e 48 h após a exposição ao gás ozônio. A porcentagem de mortalidade dos insetos depois de 25 h de exposição ao ozônio foi de 93%, após 24 h e 100%, após 48 h. Para o teste de cocção foi utilizado o cozedor de Mattson a 95 °C. Para a determinar o teor de água foi utilizado o método da estufa na temperatura de 103±2 °C durante 24 h. A massa de grãos atingiu o estado de saturação após 111 min de injeção do gás. O tempo de cocção foi de 26,14 e 25,23 min para os grãos expostos ao ozônio e ao controle respectivamente. O teor de água foi de 14,9% b.u para os grãos expostos ao ozônio e 15,0% b.u para os grãos expostos ao oxigênio (controle). Os valores de teor de água e tempo de cocção do tratamento e controle não diferiram estatisticamente a um nível de 5% de significância. A exposição dos grãos de feijão ao ozônio na concentração de 2400 μg L-1 durante 25 h foi letal para os insetos de Z. subfasciatus. A exposição ao gás ozônio não provocou alterações no teor de água e no tempo de cocção dos grãos de feijão que viesse a comprometer o produto comercialmente.
Palavras-chave Zabrotes subfasciatus, Fumigação com ozônio, Phaseolus vulgaris L.
Forma de apresentação..... Painel
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