“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13464

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Física da Matéria Condensada
Setor Departamento de Física
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Matheus Almeida de Souza
Orientador EDUARDO NERY DUARTE DE ARAUJO
Título Cristalização fotoinduzida do télurio em filmes finos de ditelureto de molibdênio semimetálico////
Resumo O MoTe2 pertence a uma classe de materiais bidimensionais designada como dicalcogenetos de metais de transição (TMDs). O MoTe2 pode existir na fase semicondutora 2H, na fase metálica 1T, e nas fases semimetálicas 1T` e Td. Cada fase do MoTe2 é caracterizada pela sua estabilidade, estrutura cristalina e propriedades optoeletrônicas. Recentemente, trabalhos do grupo de Espectroscopia Raman da UFV tem demonstrado uma transição fotoinduzida da fase amorfa para a fase cristalina do telúrio presente em filmes finos de materiais como o CdTe e CdMnTe. Buscando entender os mecanismos físicos por trás da fotocristalização do telúrio em outros materiais investigamos esse fenômeno no MoTe2. No presente trabalho, foi usada a técnica de sublimação em espaço reduzido (CSS, closed space sublimation), foram sintetizados filmes finos de MoO3 sobre Si(1,1,1). Estes filmes passaram então por um processo de telurização, dentro do mesmo sistema CSS e, ajustando-se a temperatura e o tempo de crescimento, obtiveram-se filmes de MoTe2 na fase 1T' com 5 nm de espessura. O telúrio amorfo é metaestável e tem sua estrutura facilmente afetada por fatores externos, como luz, calor e pressão. Trabalhos recentes têm mostrado que a incidência de luz no MoTe2 pode dar origem a novos estados estáveis do telúrio levando-o a cristalizar na superfície do filme. Mas há na literatura questionamentos se essas mudanças são consequências de um efeito térmico ou se são consequência puramente de fenômenos fotoinduzidos. De acordo com os resultados apresentados aqui, a cristalização do Te no MoTe2 ocorrer devido à nucleação e crescimento da nova fase cristalina no material podendo ser modelada pela teoria KJMA. Neste trabalho usamos um modelo baseado na teoria KJMA modificada, proposta por Farjas, J. et al. (2006), que descreve o fenômeno em regime isotérmico e não isotérmico. Para investigar o crescimento da fase cristalina do Te, caracterizamos as mudanças no material usamos a espectroscopia Raman. Os dados experimentais obtidos foram ajustados ao modelo proposto com base na teoria KJMA modificada.

Referências

1. Maia, Paulo Victor Sciammarella; Efeitos fotoinduzidos em filmes de CdTe sob medidas micro Raman.Viçosa, Minas Gerais, 2016.
2. J.Farjas, P.Roura. Modication of the Kolmogorov-Johnson-Mehl-Avrami rate equation for non-isothermal experiments and its analytical solution. Acta Materialia Volume 54, I 20, December 2006, Pages 5573 -5579
3. Alexander V. Kolobov, Paul Fons, and Junji Tominaga; Athermal amorphizatio of crystallized chalcogenide glasses and phase-change alloys; Phys. Status Solidi B 251, N. 7, 12971308 (2014)
4. E. Sanchez-Montejo, G. Santana, A. Domínguez, L. Huerta, L. Hamui,M. Lopez-Lopez, H. Limborço, F.M. Matinaga, M.I.N. da Silva, A.G. de Oliveira, J.C. Gonzalez, O. de Melo. Phase stability in MoTe2 prepared by low temperature Mo tellurization using close space isothermal Te annealing. Materials Chemistry and Physics Volume 198, 1 September 2017, Pages 317-323.
Palavras-chave MoTe2, fotocristalização, nucleação
Forma de apresentação..... Painel
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