“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13425

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Lorraine Rossi Signorelli Machado Dornelas
Orientador EMILY CORRENA CARLO REIS
Outros membros Andreia Corrêa de Araujo, Gabriela Castro Lopes Evangelista, Jonas Gonçalves Corrêa, LEANDRO ABREU DA FONSECA
Título Avaliação hematológica, bioquímica e urinária na doença do trato urinário inferior dos felinos.
Resumo A doença do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF) é uma das principais afecções que acomete os gatos. São condições que podem afetar a bexiga e uretra dos gatos, e apresentam sinais clínicos como disúria, estrangúria, periúria, polaciúria e hematúria. As desordens do trato urinário em gatos podem ser decorrentes de causas obstrutivas e não obstrutivas. O diagnóstico envolve uma interação entre o histórico, sinais clínicos, exame físico, exames laboratoriais e exames de imagem. Neste trabalho, objetivou-se avaliar as alterações hematológicas, bioquímicas e urinárias obtidas em gatos saudáveis e com diferentes causas de DTUIF. Para isso, foram avaliados 29 gatos atendidos na rotina do HVT/DVT de abril de 2019 a março de 2020. Os animais foram divididos em três grupos: 10 animais no grupo controle (GC), 11 no grupo de DTUIF causa obstrutiva (GO) e 8 no grupo de DTUIF causa não obstrutiva (GnO). Avaliação hematológica, concentrações séricas de ureia, creatinina e eletrólitos (fósforo, potássio, sódio) e urinálise foram realizados nos animais. As coletas de sangue foram obtidas por punção das veias cefálica ou jugular. As amostras de urina foram obtidas por cistocentese, micção espontânea, sondagem uretral ou compressão vesical. Não houve diferença relacionada ao hematócrito (p=0,514) e ao sódio (p=0,113). Diferença foi encontrada na contagem de leucócitos (p=<0,001), sendo maior no GO do que no GC e GnO. Ureia (p=0,005), creatinina (p=0,018) e fósforo (p=0,024) foram significativamente maiores no GO em relação ao GC. Embora tenha sido encontrada diferença no potássio (p=0,048), a comparação múltipla não encontrou onde estaria essa diferença. Na urinálise, cristais (estruvita, fosfato amorfo, urato amorfo) foram identificados em pequenas quantidades em algumas amostras. Não houve diferença para pH (p=0,181) e proteinúria (p=0,301). Houve diferença entre GO e GC relacionada aos leucócitos (p=0,001), bactérias (p=0,017) a densidade (p=<0,001). A hematúria teve resultado significante (p=0,002), no entanto, não foi possível identificar a diferença entre os grupos. O leucograma é provavelmente reflexo da maior inflamação em GO. Esse grupo também foi caracterizado com azotemia pela incapacidade de excretar ureia e creatinina. A densidade urinária menor no GO do que no GnO está relacionado à coleta de urina durante a hidropropulsão retrógrada. Os cristais encontrados podem estar presentes em gatos saudáveis em pequena quantidade ou relacionados a cistite ou urólitos. Aumento no número de hemácias e leucócitos são encontrados na urina devido à inflamação. Através dos resultados obtidos, pode-se demonstrar a utilidade da realização dos exames laboratoriais em felinos com DTUIF, pois auxiliam na avaliação da gravidade do paciente, dos quais claramente as principais alterações foram identificadas nos casos obstrutivos.
Palavras-chave Gatos, DTUIF, Exames laboratoriais.
Forma de apresentação..... Painel
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