Resumo |
O banco de sementes de plantas daninhas, juntamente à avaliação da flora infestante, pode ser utilizado para estabelecer as relações quantitativas a respeito da dinâmica da população das plantas daninhas em uma determinada área, num determinado tempo. O objetivo neste trabalho foi fazer um mapeamento da distribuição espacial do banco de sementes e sua relação com o estabelecimento da flora emergente de plantas daninhas. Para estimar o banco de sementes foram coletadas 36 amostras de solo (0-5 cm) georreferenciadas, localizadas através de um aparelho GNSS de navegação, em uma malha predefinida, no momento do plantio em uma lavoura de 8,9 ha de milho localizada na Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal. Posteriormente, as amostras de solo foram acondicionadas em vasos com 5 cm de profundidade, em casa de vegetação e irrigadas periodicamente. A quantidade e as espécies de plantas daninhas com sementes viáveis foram estimadas através da emergência de plântulas em cada vaso durante 3 meses. A tabulação foi realizada cruzando os dados de localização espacial com a emergência de plantas daninhas, agrupadas em folha estreita e folha larga (FE e FL, respectivamente). A partir desses dados, foi feita uma interpolação por krigagem ordinária, com o objetivo de gerar mapas com a estimativa tanto para plantas daninhas FL como para plantas daninhas FE, que ilustram a dependência espacial das plantas, contribuindo para uma tomada de decisão mais assertiva. O procedimento de interpolação foi feito através dos softwares Qgis 3.4.12 com Grass 7.6.1.. A análise do semivariograma, modelo esférico, tanto para os dados de folha larga quanto de folha estreita, indicaram uma moderada dependência espacial, por apresentar efeito pepita entre 25% e 75% do patamar, de acordo com a classificação de CAMBARDELLA et al. (1994). Os modelos tiveram coeficiente de determinação de 0,57 e 0,50 para FL e FE, respectivamente. Através da análise visual, foi possível identificar correlação entre a distribuição espacial do banco de sementes e a densidade de plantas daninhas na lavoura. Conclui-se que o método utilizado para avaliar o banco de sementes de plantas daninhas foi representativo a fim de comparação com a posterior emergência de plantas daninhas. Sugere-se a possibilidade de obter melhor resultado com a adoção de uma amostragem mais densa na área, principalmente nos pontos onde há maior variabilidade espacial das espécies de plantas daninhas. |