“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13416

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Isadora Thamisa de Carvalho Fernandes
Orientador BEATRIZ SANTANA CAÇADOR
Outros membros Amanda de Paula Nogueira, Nazare Duarte Catharina
Título Campanha de Vacinação contra Sarampo no presidio de Viçosa : um relato de experiência
Resumo INTRODUÇÃO: O sarampo é uma doença viral aguda de alta transmissibilidade, causada pelo vírus Morbilivirus da família Paramyxoviridae. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa através de secreções nasofaríngeas expelidas na fala, tosse, espirro ou respiração. Com avanço do sarampo no Brasil, o Ministério da Saúde, juntamente com Estados e municípios realizou a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo em 2019. Dentre os grupos prioritários, encontra-se a população prisional, uma vez que os detentos vivem em locais fechados e aglomerados. OBJETIVO: Relatar a experiência da realização de uma campanha de vacinação contra sarampo em um presídio no município de Viçosa. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES: A prática ocorreu no dia 22 de novembro de 2019 no Presídio de Viçosa, com parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e a UFV e durou 8 horas. A campanha dividiu-se em quatro momentos: inicialmente, foi entregue à equipe 200 frascos de ampola monodose, 200 diluentes da vacina tríplice viral, 2 caixas térmicas com gelos artificiais mantendo a temperatura entre 2 e 8°C, 250 agulhas calibre 40x12, 250 seringas acopladas à agulhas 13x4,5 e 2 caixas descarpack. Adiante, houve a montagem das caixas, a reconstituição das vacinas e o armazenamento destas dentro das caixas térmicas, em seguida, houve a confecção de cartões de vacina, preenchendo nestes a vacina tríplice viral. Posteriormente, houve a vacinação dos presos por celas e, os que consentiam, colocavam o braço para fora das grades e recebiam a imunização no tecido subcutâneo do deltóide, em um ângulo de 90°, e a agulha descartada na caixa descarpack. Orientando-os sobre possíveis reações adversas. RESULTADOS: A atuação contou com a participação de 120 pessoas: 133 presos (96 aceitaram e 37 recusaram), 17 profissionais do presídio e 7 profissionais da creche Amarben. Não foi notificada, na semana posterior à campanha, nenhuma reação à vacina. A imunização com a ajuda de 1 pessoa privada de liberdade nas anotações e 2 agentes penitenciários na logística do transporte de materiais. A prática qualificou-se como eficaz, visto que 76,5% das pessoas participaram. Além disso, fortaleceu nossa integração ensino-serviço dado que a efetivação da campanha só foi possível mediante parceria entre funcionários do presídio, população privada de liberdade e comunidade acadêmica da UFV. CONCLUSÃO: A ação permitiu a imersão das estudantes em uma realidade complexa, marcada por vulnerabilidades e negligências, porém, transformadora, visto que as dificuldades encontradas como espaço inadequado e falta de profissionais da saúde para realizar a vacinação, fizeram com que a organização das intervenções fosse primordial para o sucesso da conduta, a qual incluía a locomoção até as celas e, em alguns casos, adentrá-las. Desse modo, a inserção dos estudantes de enfermagem nesses espaços é essencial para assegurar o respeito e a dignidade dos indivíduos que, mesmo privados de liberdade, jamais devem ser privados de seus direitos.
Palavras-chave Enfermagem, Populações vulneráveis, Vacinação
Forma de apresentação..... Vídeo
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